O afastamento foi anunciado apenas horas depois de Yates se pronunciar contrária à proibição de entrada de imigrantes e refugiados no país. Ela havia orientado o Departamento de Justiça a não atuar em defesa dessas ordens executivas.
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A Casa Branca informou a decisão de demitir Sally Yates, que foi escolhida durante a gestão de Obama, por meio de um comunicado. De acordo com o governo, o afastamento aconteceu por causa da recusa em cumprir uma ordem designada para proteger os cidadãos do país, referindo-se aos comandos de Trump para barrar imigrantes.
Yates será substituída por Dana Boente, que ocupará o cargo interinamente até que a indicação de Trump para a posição seja confirmada pelo Senado. O presidente indicou o senador pelo estado do Alabama, Jeff Sessions , que, assim como Trump, é membro do Partido Republicano.
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A secretária afastada divulgou suas recomendações na segunda-feira (30) por meio de uma carta. Ela orientou os advogados do Departamento de Justiça a não participarem da defesa legal de ordens executivas referentes a refugiados e imigrantes. Até agora não estou convencida de que a defesa [das ordens executivas] seja nossa responsabilidade e também não estou convencida sobre a legalidade dos decretos, escreveu.
Nos estados que desafiaram o decreto, como Nova York, Virgínia, Massachusetts, Washington e Califórnia, já existem processos na Justiça e decisões em primeira instância que bloqueiam o decreto emitido pela Casa Branca na sexta-feira (27).
Trump recorreu ao seu Twitter para falar reclamar dos democratas, partido do qual Sally Yates é membro. Os democratas estão atrasando a posse das minhas escolhas para o gabinete, por razões puramente políticas, publicou. Atualmente, os democratas são minoria no Congresso e no Senado dos Estados Unidos.
Verificação extrema
As medidas que endurecem o controle sobre imigrantes de países majoritariamente muçulmanos foram assinadas por Trump na sexta-feira (27) em sua primeira visita ao Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. "Queremos garantias de que não admitiremos em nosso país as mesmas ameaças que nossos soldados estão sofrendo no exterior", disse o presidente.
Com informações de Agência Brasil