Uma possível contratação do centroavante Christian Colmán, do Nacional (PAR), não fará o São Paulo desistir da volta do argentino Jonathan Calleri, do West Ham (ING). A diretoria acredita que é possível encaixar os dois no orçamento para 2017, mas admite que é preciso uma nova avaliação caso o negócio com o paraguaio, mais adiantado, seja concluído.
"Temos que ver porque não sabemos se temos condições de manter dois jogadores de patamar alto para a mesma posição. Se bem que o Colmán viria com um salário até bem abaixo do nosso teto. Mas vamos ver, até porque a negociação com o Calleri não é fácil. Os investidores querem ele na Europa", afirmou José Jacobson, diretor de futebol do Tricolor.
Nos dois casos, o São Paulo aguarda, mas a situação de Colmán é considerada mais adiantada. A diretoria ofereceu 1,1 milhão de dólares (cerca de R$ 3,54 milhões) por 50% dos direitos econômicos do atleta e agora topa pagar 700 mil dólares (cerca de R$ 2,25 milhões) à vista, contra 500 mil dólares da proposta anterior. O restante seria pago em duas parcelas semestrais de 200 mil dólares (cerca de R$ 644 mil). Os paraguaios procuraram o clube no último sábado abertos a uma nova oferta e agora precisam dar uma resposta.
Com relação a Calleri, o principal obstáculo são os investidores que pagaram cerca de R$ 40 milhões para tirá-lo do Boca Juniors (ARG) no fim do ano passado. O grupo não é simpático à ideia do retorno porque acredita que o jogador ficará desvalorizado para o mercado. Mas Calleri está com outro pensamento e já cogita o retorno agora.
No São Paulo, o atacante chegaria nos braços da torcida e para ser titular. Nos seis meses que passou no Morumbi, Jony deixou a melhor das impressões. Terminou o ano como artilheiro do time, com 16 gols em 31 jogos, e foi o artilheiro máximo da Libertadores, com nove gols. Além disso, deu diversas demonstrações de carinho ao clube. Situação totalmente inversa à que vive na Inglaterra.
Desde que chegou ao West Ham, o atacante disputou apenas oito partidas, três como titular. Não tem sido sequer relacionado para o banco de reservas. Está infeliz porque, aos 22 anos, tem em mente que o melhor para sua carreira no momento seria jogar.
A contratação de um camisa 9 é um pedido do técnico Rogério Ceni. Ele aprova Calleri e encontrou Colmán em observação conjunta com o departamento de análise de desempenho do clube. No grupo atual, Gilberto e Chavez podem fazer a função, mas o argentino atua mais pelos lados e está emprestado até junho pelo Boca Juniors (ARG).