sexta-feira, 22/11/2024
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Advogado pode ser preso por não citar participação de deputado

A pena do primeiro delator da Opera&ccedil&atildeo Ventr&iacuteloquo, Joaquim F&aacutebio Mielli, pode ser ainda maior que apenas a rescis&atildeo do acordo de colabora&ccedil&atildeo premiada solicitada pelo Minist&eacuterio P&uacuteblico Estadual (MPE), nesta semana, ao desembargador Rondon Bassil, &ndash relator da opera&ccedil&atildeo no Tribunal de Justi&ccedila.

O pedido foi feito pelo Grupo de Atua&ccedil&atildeo Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), por meio do N&uacutecleo de A&ccedil&otildees de Compet&ecircncia Origin&aacuteria (Naco). Segundo o &oacuterg&atildeo, o ex-advogado do extinto Banco HSBC ocultou fatos ao n&atildeo citar a participa&ccedil&atildeo do deputado estadual Romoaldo J&uacutenior (PMDB) no esquema que desviou quase R$ 10 milh&otildees da Assembleia Legislativa, na gest&atildeo de Jos&eacute Riva (sem partido).

O relat&oacuterio pede ainda a abertura de den&uacutencia contra o peemedebista e os deputados Mauro Savi (PSB) e Gilmar Fabris (PSD).

Caso o pedido seja aceito, Mielli poder&aacute ter o mandado de pris&atildeo preventiva decretado pela 7&ordf Vara Criminal de Cuiab&aacute, a pedido do pr&oacuteprio MPE, j&aacute que s&oacute estava em liberdade porque &quotcontribu&iacutea&quot com as investiga&ccedil&otildees. No entanto, os promotores descobriram que ele ocultou da Justi&ccedila o fato de Romoaldo usar tr&ecircs empresas para lavar R$ 808 mil do montante supostamente desviado do Legislativo, em 2014.

Joaquim Mielli, em nenhum momento, relatou qualquer envolvimento do denunciado Romoaldo J&uacutenior ou do seu chefe de gabinete, Francisvaldo Mendes Pacheco. Na mesma toada se comportou quando da audi&ecircncia que antecedeu a homologa&ccedil&atildeo do acordo, afirma o Gaeco, na den&uacutencia.

O relat&oacuterio mostra que s&oacute foi poss&iacutevel constatar a participa&ccedil&atildeo do deputado no suposto esquema criminoso ap&oacutes a dela&ccedil&atildeo do advogado J&uacutelio C&eacutesar Domingues (j&aacute homologado pelo TJMT), que ganhou a liberdade no dia 15 de abril, ap&oacutes ficar oito meses presos preventivamente.

Este &uacuteltimo apresentou provas incontest&aacuteveis de que Joaquim ocultou, dolosamente, o envolvimento nos fatos pelo ora denunciado Romoaldo e seu assessor Francisvaldo, restando inc&oacutelumes todas as demais informa&ccedil&otildees, diz trecho do pedido do MPE.

Os promotores afirmaram que, para tornar a propina l&iacutecita, o parlamentar do PMDB usou as empresas FH Com&eacutercio de Combust&iacuteveis Ltda., Rede Shop Com&eacutercio de Combust&iacuteveis Ltda. e Rodo Shop Transportes Ltda. para se beneficiar com parte dos R$ 9,4 milh&otildees retirados dos cofres do Legislativo mato-grossense, por meio de pagamentos indevidos ao ent&atildeo advogado do HSBC, J&uacutelio C&eacutesar Domingues. &quotPor tais fatos, os promotores de Justi&ccedila que integram o Gaeco e Naco ingressaram com pedido de rescis&atildeo da colabora&ccedil&atildeo premiada outrora firmada com Joaquim Fabio Mielli Camargo&quot, diz parte do relat&oacuterio.

O respons&aacutevel por receber a propina era o empres&aacuterio Jos&eacute Ant&ocircnio Lopes, que a repassava a Romoaldo em forma de doa&ccedil&atildeo de campanha, segundo o MPE.

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Com:Rep&oacuterterMT

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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