sexta-feira, 22/11/2024
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Montadora alemã apresentou carro que é ligado pelo pensamento durante o Salão do Automóvel de Paris

Como uma esp&eacutecie de exoesqueleto cibern&eacutetico, o ve&iacuteculo est&aacute conectado a seu c&eacuterebro e responde a todos os seus desejos – monitorando seus reflexos involunt&aacuterios e reagindo antes mesmo de que sua consci&ecircncia se d&ecirc conta das situa&ccedil&otildees.

antasia demais? E quem sabe algo mais simples pode ser mais realista, como, talvez, ligar a igni&ccedil&atildeo do carro com sua mente?

Foi exatamente isso que alguns sortudos puderam experimentar durante o Sal&atildeo Mundial do Autom&oacutevel de Paris, no in&iacutecio de outubro.

A montadora alem&atilde Opel, subsidi&aacuteria da americana General Motors, colocou um estande no evento onde o p&uacuteblico podia testar o novo modelo Astra da marca.

Acomodados em um confort&aacutevel assento, os volunt&aacuterios recebiam uma faixa de pl&aacutestico para colocar em volta da cabe&ccedila. E simplesmente ao pensar em ligar o carro, conseguiam faz&ecirc-lo.

Eis o truque: um sensor na faixa monitora as ondas beta do c&eacuterebro do usu&aacuterio, exatamente como em um eletroencefalograma. Essas ondas, que s&atildeo resultado da atividade el&eacutetrica cerebral, permitem que a faixa d&ecirc in&iacutecio a uma conex&atildeo Bluetooth ligada &agrave igni&ccedil&atildeo do Astra.

Leitor de pensamentos?



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Fabricantes j&aacute est&atildeo investindo em tecnologia que possibilita ao carro &quotperceber&quot quando motorista est&aacute menos alerta

Foto: iStock / BBCBrasil.com

N&atildeo se trata de milagre. Esses detectores podem perceber quando uma pessoa est&aacute pensando, mas n&atildeo t&ecircm a menor ideia sobre o que ela est&aacute pensando.

&quotA verdade &eacute se que voc&ecirc decidir resolver uma equa&ccedil&atildeo matem&aacutetica, o carro tamb&eacutem vai ser ligado&quot, revela Jean-Baptiste Herman, um dos fundadores da Tips Tank, a empresa de design de experi&ecircncias que trabalhou com a Opel no projeto.

Pensar na frase &quotligue o carro&quot poderia tamb&eacutem ter funcionado para acionar os limpadores de para-brisas, sintonizar sua r&aacutedio preferida ou at&eacute dar in&iacutecio a uma cafeteira instalada do outro lado do sal&atildeo – tudo s&oacute depende de onde est&aacute a conex&atildeo Bluetooth.

Exemplo no Brasil

Apesar de soar como uma grande divers&atildeo fantasiosa, o conceito do transporte telecin&eacutetico – ve&iacuteculos cujo funcionamento &eacute guiado pelas ondas cerebrais do condutor – n&atildeo est&aacute t&atildeo longe de virar realidade.

&quotEssa tecnologia vem de pesquisas realizadas pela medicina&quot, aponta Gr&eacutegoire Vitry, diretor de marca da Opel Vitry.

Trata-se do mesmo mecanismo que ajuda pessoas com mobilidade reduzida a controlar alguns aparelhos que movimentam seus membros.

Um exemplo foi visto no Brasil, na abertura da Copa de 2014, quando o parapl&eacutegico Juliano Pinto, de 29 anos, conseguiu chutar uma bola usando um exoesqueleto rob&oacutetico comandado pela mente.

O rapaz usou uma esp&eacutecie de touca com eletrodos embutidos que monitoravam seus sinais cerebrais e os transmitiam para um computador, que, por sua vez, ativou as pernas motorizadas da roupa.

Em 2013, um grupo de pesquisadores da Universidade de Essex, na Gr&atilde-Bretanha, usou a chamada interface c&eacuterebro-computador (BCI, na sigla em ingl&ecircs) para operar uma vers&atildeo simplificada de um simulador de nave espacial.

Mas o sistema, que depende de um humano usando uma touca com 66 eletrodos, ainda est&aacute em desenvolvimento.

Seguran&ccedila no tr&acircnsito

At&eacute que tudo isso vire realidade cotidiana, essa &quottelepatia eletr&ocircnica&quot est&aacute sendo estudada para outras finalidades do mundo das quatro rodas.

Uma delas &eacute a seguran&ccedila. Nos EUA, a cada ano, s&atildeo reportadas &agrave pol&iacutecia cerca de 83 mil colis&otildees provocadas por motoristas que dormem ao volante – 21% de todos os acidentes de tr&acircnsito fatais no pa&iacutes.

N&uacutemeros como esses levaram montadoras como a Mercedes-Benz a desenvolver o recurso Attention Assist, que procura por sinais do volante para identificar o n&iacutevel de alerta do motorista, sugerir que ele fa&ccedila uma pausa ou at&eacute apontar o local de repouso mais pr&oacuteximo.

Um carro conectado ao c&eacuterebro poderia ir al&eacutem, reagindo ao tipo de atividade neural que corresponde a um estado de sono ou falta de aten&ccedil&atildeo – pesquisadores da Universidade de Pune, na &Iacutendia, apresentaram ao mundo um sistema como esse em 2014.

&amp39Cavalo e cavaleiro&amp39

Apesar de a Opel n&atildeo ter planos de desenvolver a fundo a tecnologia, o sucesso do projeto em Paris indica uma aceita&ccedil&atildeo desse cen&aacuterio futuro de mais harmonia entre o ser humano e um carro.

A japonesa Toyota est&aacute buscando isso com seu Heart Project (&quotProjeto Cora&ccedil&atildeo&quot, em tradu&ccedil&atildeo literal).

A iniciativa influenciou o design do carro-conceito FV2, de 2013, que utiliza sensores de voz e de reconhecimento facial para criar uma rela&ccedil&atildeo de &quotcavalo e cavaleiro&quot entre o ve&iacuteculo e o motorista.

Trata-se de uma ideia que hoje est&aacute sendo levada adiante pela empresa no projeto do acompanhante-rob&ocirc Kirobo Mini.

O carro-esporte GT Concept, da pr&oacutepria Opel, apresentado no Sal&atildeo de Genebra, em mar&ccedilo, exibia uma interface que conseguia compreender o humor e a personalidade do motorista ao monitorar seu comportamento ao volante e usando os dados para fazer ajustes dependendo das situa&ccedil&otildees externas.

&quotTalvez n&atildeo cheguemos a controlar um carro com nossos pensamentos. Mas estamos tentando fazer com que os carros entendam melhor seus motoristas&quot, explica Vitry.

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BBC/TERRA

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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