Um levantamento feito pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou indícios de diversas irregularidades em doações para campanhas eleitorais em valores que chegam a R$ 266 milhões. Entre as situações que mais surpreendem estão as 21.072 pessoas em situação de pobreza que teriam transferido mais de R$ 168 milhões.
Nas apurações, por exemplo, foram encontradas dez pessoas que doaram mais de R$ 1 milhão, mas a renda conhecida não é compatível com o valor doado. Um outro doador contribuiu para uma campanha com R$ 93 mil, porém sua última renda conhecida é do ano de 2010, o que acendeu o "sinal amarelo" quanto a uma eventual irregularidade.
Segundo o TSE, há ainda um grupo considerável de doadores registrados como beneficiários do Bolsa Família ou sem terra. Foram 4.630 pessoas atendidas pelo programa do governo que doaram, incluindo um beneficiário que doou R$ 67 mil para uma campanha. Os dados já foram passado para o Ministério Público para averiguação.
Ainda entre os maiores volumes que estão sob suspeita estão R$ 66,2 milhões em doações feitas por sócios de empresas que receberam recursos públicos e R$ 14,2 milhões de doações feitas por grupos, como o caso de 114 funcionários de uma mesma prefeitura que doaram R$ 230 mil para diretório municipal de um partido.
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