Efeito borboleta é o nome de uma teoria matemática que atribui a pequenas ações o poder de desencadear grandes acontecimentos. O nome vem de um exemplo: o bater das asas de uma borboleta pode provocar um furação do outro lado do planeta.
Na política, dependendo das equações, o resultado pode ser exato ou não. No caso positivo os resultados podem trazer satisfações para toda a sociedade e serem vistos a olho nú por qualquer pessoa. No caso negativo, as consequências podem ser maiores.
Nos últimos dias, o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, consegui concretizar seus efeitos inéditos – ao renunciar uma provável reeleição – segundo diversos institutos de sondagens, e protagonizar um furação de proporções ciclópicas entres seus colaboradores, seus aliados, o governador Pedro Taques e o seu partido, o PSB.
Tudo bem que a coerência férrea costuma ser um atributo da burrice. Está certo que um político precisa de jogo de cintura e algum contorcionismo para moldar-se às circunstâncias. Mas o prefeito de Cuiabá exagerou nas suas afirmações contraditórias ao ´amarelar´, ‘pular do barco’ e deixar todo mundo a deriva.
E o que pode-se dizer em uma guerra. A verdade é que o prefeito – como comandante em chefe – do projeto de vários partidos, não estava em condições de conduzir a tropa para a vitória, pois não estava familiarizado com a politica local. Era preciso que Mauro ponderasse antes de realizar a renuncia.
A partir de agora a conquista do Palácio Alencastro no próximo mês de outubro, será daquele que conhecer o “desvio”(teoria do tortuosos e direito). Essa é a arte das manobras para quem quiser vencer.
No campo de batalha para conquistar o Palácio Alencastro, as palavras não serão suficientemente longe, por isso, o moral da tropa deve estar inabalável. E o grupo deve estar unido em um só corpo, o que tornará impossível o avançar solitário do valente ou a retirada do covarde.
E por essa razão que o grupo do governador Pedro Taques e do prefeito Mauro Mendes perdeu sua moral de luta para as eleições municiais deste ano em Cuiabá, pois perdendo a moral de luta, o comandante chefe perdeu a sua presença de espirito.O que se vê a partir de agora, é um combalido Mauro Mendes que baixou o moral da tropa e não avançou como deveria ter avançado no terreno do adversário.
No campo geopolítico, o prefeito perdeu também seus maiores colaboradores e estrategistas – por falta de um ´norte´ e que se derrapou antes da largada oficial para o pleito eleitoral.
O que se viu – na semana que passou – e o que todo mundo já sabia, mas não acreditava: e que Mauro Mendescorria da raia, ou como se diz no linguajar cuiabano que amarela(tem medo), um fujão.
Ao anunciar sua desistência em público – com chororó de secretários e principais assessores de cobiçados cargos municipais, Mauro revelou o seu desamor por Cuiabá. Ou melhor, que ela diminuiu.
É certo que ficar candidato com a possibilidade de sofrer acachapante derrota nas urnas no próximo pleito não é e nunca será nenhum pecado. Agora, tentar se explicar afirmando que correu da ´raia´, que jogou a ´toalha´ a pedido da família, é uma das mais absurdas desculpas dos últimos anos no cenário político cuiabano.
Sem norte e sem referencial, tanto Mauro quanto seu partido, o PSB, volta a capengar a passos de tartaruga e passará a ser meros coadjuvantes nas eleições deste ano. Pois mais vale as lágrimas da derrota, do que a vergonha de não ter lutado.
*Pedro Ribeiro é Jornalista em Cuiabá