O Ministério da Saúde registou 40 novos casos de microcefalia no País entre os dias 17 e 23 de julho. Deste modo, o número de bebês com malformação chega a 1.749 em 609 municípios de todos os Estados. Foram contabilizados também 106 óbitos relacionados ao problema desde outubro de 2015.
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O zika está relacionado a 272 casos de microcefalia, mas a pasta acredita que esse dado não representa a totalidade, já que a maior parte das mães que tiveram bebês com a malformação foram infectadas durante a gravidez.
Ainda há mais de 3 mil casos sendo investigados – em 200, a criança não resistiu à doença. O Ministério da Saúde já descartou 3,8 mil notificações desde o início das investigações por apresentarem exames normais ou malformação confirmada por causa não infecciosa.
A microcefalia também pode ser causada pelos agentes infecciosos da Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral. Já o zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegipty, mas novos estudos apontam que o pernilongo comum também pode ser vetor da doença.
Mulheres grávidas devem adotar medidas que possam reduzir a presença do mosquito, eliminando criadouros, protegendo-se da exposição dos insetos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usando calças e camisas de manga comprida e utilizando repelentes permitidos para gestantes.
O Nordeste é a região com mais casos confirmados: 1.494, sendo que 376 apenas em Pernambuco. Já no Sudeste, com 132 bebês com a malformação, o Estado do Rio de Janeiro apresenta pior situação: 95 crianças. Já em São Paulo, são 11 casos confirmados.
Espanha confirma primeiro caso
Uma mulher deu à luz um bebê com microcefalia associada ao zika vírus em Barcelona, na Espanha. É o primeiro caso registrado no País. A mãe havia viajado no início do ano para América do Sul, onde contraiu a doença.