segunda-feira, 25/11/2024
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Faltam 3 minutos para o Apocalipse, dizem cientistas

Cientistas da Bulletin of the Atomic Sciences adiantaram o simbólico "Relógio do Apocalipse" para 23h57. Quanto mais próximo da meia-noite, mais perto estamos da extinção da humanidade. O horário é um dos mais críticos de todos os tempos, igualando 1984, quando se temia uma possível guerra nuclear causada pela Guerra Fria.

 

Há mais de um motivo para justificar o novo horário, mas a manutenção e a produção de armas nucleares ainda é o fator mais propício a nos levar ao fim definitivo.

O boletim aponta que, apesar de o Ocidente dar atenção apenas às movimentações nucleares da Coréia do Norte e do Irã, outras 20 nações possuem capacidade, ou intenção, de construir material bélico nuclear. Até o Brasil, suspeito de tentar elaborar uma arma nuclear em 2010, é citado na avaliação. "Enquanto armas nucleares forem tratadas como formas legítimas de segurança nacional, toda a humanidade permanecerá sob o risco da tecnologia mais perigosa que existe na face da Terra", diagnostica o órgão.

Apesar de países emergentes no ramo nuclear serem uma preocupação, o comunicado também mira em velhos conhecidos. Rússia, Estados Unidos, França, e Reino Unido continuam a modernizar seus arsenais nucleares, mesmo sem qualquer justificativa. Além disso, esses países apresentam novas formas de tecnologia para fins militares, principalmente de espionagem.

Outro risco apontado pelo Bulletin são as mudanças climáticas. O órgão alerta sobre o clima desde 2007 (quando o relógio batia a sete minutos para meia noite), mas acredita que os esforços de líderes mundiais foram ineficazes desde então. "Tudo o que foi feito até agora se mostrou insuficiente para frear o aquecimento global", diz o novo manifesto. Na última semana, pesquisadores da Nasa e Noaa (a agência americana de oceanos e atmosfera) afirmaram que 2015 foi o ano mais quente da história – e a previsão é que 2016 seja ainda mais quente.

O "Relógio do Apocalipse" foi idealizado em 1947 como um símbolo para alertar a sociedade sobre uma possível catástrofe nuclear. Naquela época, com o mundo recém-saído da Segunda Guerra e dois anos após os bombardeios nucleares contra Hiroshima e Nagazaki, o relógio marcava sete minutos para a meia-noite. Até hoje, foram 22 ajustes.  O horário 23h57 já havia sido marcado em 1949, quando a URSS testou sua primeira bomba atômica. Em 1953, quando Estados Unidos e União Soviética fizeram os primeiros testes com bombas de hidrogênio, o relógio chegou a 23h58, o mais tarde que já foi registrado. Com o fim da Guerra Fria, o relógio se distanciou da meia-noite, adiantando-se para 23:43 em 1991. Mas, de lá para cá, com a disseminação de arsenais nucleares por países cada vez menos confiáveis e o aprofundamento das mudanças climáticas, ele só andou para frente. 

 

 

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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