As mães que afirmam, com pesar, que seus filhos vão mandá-las para o túmulo prematuramente podem estar mais perto da verdade do que pensam, segundo os resultados de um estudo publicado nesta segunda-feira.
A concepção freqüente e os rigores da criação dos filhos afetam em grande medida a saúde e a expectativa de vida das mães, inclusive colocando em risco o bem-estar dos filhos menores.
O estudo se baseou em informações coletadas por mórmons americanos durante o século XIX, segundo as quais a sobrevivência das pessoas corre risco quando têm vários filhos, sobretudo as mulheres, afirmaram pesquisadores austríacos do Instituto de Etologia Konrad Lorenz de Viena.
O estudo sugere que as últimas crianças nascidas de uma mãe que tenha tido várias gestações são menos robustos que seus irmãos mais velhos, e inclusive podem não chegar à idade adulta.
Os pesquisadores usaram para sua análise a informação de 21.000 casais do estado de Utah que se casaram entre 1860 e 1895 e tiveram uma média de 9 filhos e 16 netos.
Eles descobriram que a taxa de sobrevivência das mulheres diminuiu à medida que aumentou o número de filhos, provavelmente porque as gestações eram muito seguidas, algo que segundo outros estudos representa um risco maior de doenças e morte.
Da mesma forma, o estudo revelou que o último filho de uma longa cadeia de concepções tem muito menos chances de passar dos 18 anos que seus irmãos, e que as perspectivas para os mais jovens era particularmente sombria em uma família com 12 ou mais filhos.
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