Um lavrador e membro de Colônia Russa emPrimavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, foi preso acusado de estuprar e assassinar a adolescente Joelma de Andrade Santos, de 13 anos, em 2012. O crime teria sido premeditado e cometido por ele com a ajuda de outras duas pessoas, segundo a Polícia Civil, que investiga o caso.
O corpo da vítima foi encontrado nu no Rio das Mortes. Ela morava na mesma comunidade que o acusado, que deve prestar depoimento à polícia nesta sexta-feira (18). A prisão preventiva, decretada pela Justiça, só foi cumprida depois que testemunhas oculares decidiram se pronunciar.
Joelma desapareceu em 22 de abril de 2012 depois de sair de casa em uma motocicleta. A menina tinha ido a um riacho da comunidade, utilizado como balneário pelos moradores, e depois de sair de lá, não foi mais vista. O balneário fica nas proximidades da casa do acusado.
“A menina era amiga das filhas do acusado e a família [dela] frequentava a propriedade dele. A casa dele fica a 400 metros, dentro da mata, do local onde ela foi tomar banho”, disse Agrício Junior Rodrigues, investigador da Polícia Civil.
A irmã da vítima disse que já desconfiava do lavrador. “Logo depois do crime, ele teve umas conversas estranhas com a gente. Disse que não era para envolver a polícia”, disse Carolina Ferreira Andrade.
Após perceber que a menina demorava a voltar, os pais, que trabalham em uma propriedade rural naquela comunidade de russos e descendentes de russos, começaram as buscas. Toda a comunidade ajudou, mas sem sucesso. Após três dias do desaparecimento, a motocicleta da estudante foi encontrada no meio da lavoura. No mesmo dia, o corpo foi encontrado por pescadores no rio. Ela estava sem roupas, com evidentes sinais de agressão sexual, conforme a polícia.
Segundo a Polícia Civil, a vítima saiu do rio, atravessou um trecho de mata fechada a pé e pegou a motocicleta. Ao seguir na estrada, caiu em uma armadilha feita de arame liso que atravessava o caminho. Foi imediatamente imobilizada pelo suspeito, que a aguardava em uma emboscada.
Perícias foram realizadas e através de marcas de pegadas de botina à beira do rio levantou-se suspeita sobre o lavrador, que acabou sendo preso.
GI-MT