A artista plástica Larissa Freire, filha do poeta Silva Freire e diretora da Casa de Cultura que leva o nome de seu pai, é a entrevistada do programa “Assembleia Entrevista”, da Rádio Assembleia – 89,5 FM, que será transmitido na segunda-feira (13), a partir das 6h, com reprise às 12h30.
Durante o programa, que tem duração de meia-hora, a artista falará sobre a 4ª edição do “Setembro Freire”, evento que acontecerá de primeiro a 30 de setembro, com o tema “Cuiabá Experimental”. A Assembleia Legislativa é uma das parceiras na proposta que tem, em sua programação, seminário, sarau e a inauguração da galeria de artes “Silva Freire”, entre outros.
“A Assembleia nos apoiou desde a primeira edição. Com certeza, estamos chegando ao foco que é divulgar o movimento do ‘intensivismo’ e, nesse sentido, a Casa de Leis já contribuiu muito com a aprovação da Lei nº 9.244/09, que definiu o movimento com manifestação literária. A Lei 8.906/08, que instituiu 20 de setembro como o dia do poeta mato-grossense, data de aniversário de Silva Freire, também foi importante”, comentou Larissa.
Silva Freire foi um dos precursores do movimento cultural do intensivismo no final da década de 1950 em Mato Grosso, junto com Wlademir Dias Pino. “O movimento ganhou força no período de 1948 a 1951 e se desdobrou em outras linguagens. Foi mais uma questão de atitude do que propriamente uma escola literária, um movimento cultural de ruptura com as normas tradicionais".
Larissa também lembrou o legado deixado por seu pai e a influência que ele exerceu em sua vida. “Em sua poesia, ele conseguia falar do povo ribeirinho e de sua cultura popular com uma linguagem de vanguarda. O texto dele traduz o falar cuiabano. O pai tinha o costume de pedir para alguém da família ler em voz alta tudo o que escrevia”, lembrou.
Silva Freire – Foi advogado, jornalista cultural, poeta de vanguarda e professor titular do Departamento de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Colaborou para a formação cultural brasileira e para história política, educacional e literária mato-grossense. Foi preso e teve seus direitos políticos cassados pela ditadura militar na ocasião da Revolução de 31 de Março de 1964.
