Em uma rara defesa da necessidade de reformas estruturais para aumentar as taxas de crescimento da economia, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que “não há dúvidas de que compete a nós, neste momento, efetuarmos as reformas fundamentais e as mudanças que já foram devidamente discutidas (no debate do qual participou) para que o País mude de patamar de crescimento.”
O presidente do BC, que esteve em seminário sobre as perspectivas para 2007 na capital paulista, explicou que esse patamar atual é maior do que no passado, como resultado direto da estabilização macroeconômica e da queda dos prêmios de risco nelas incluídos. “Independente desta taxa, para que cresçamos mais ainda, temos de endereçar essas questões fundamentais que estão sendo discutidas aqui”, destacou Meirelles.
No seminário, que contou com a participação dos economistas Ilan Goldfajn, Alexandre Schwartsman e Raul Velloso, houve consenso em relação à necessidade de avanços no lado da contenção dos gastos correntes do setor público com destaque para os gastos com previdência e pessoal. Também foi ponto pacífico no debate a necessidade de que uma ampla reforma tributária seja acompanhada de medidas para a redução dos gastos correntes.