Guilherme Maluf (PSDB), cotado para assumir a presidência da Assembleia Legislativa, no biênio 2015/2016, defendeu a união dos deputados que compõem os grupos que formam a base do governador Pedro Taques (PDT) e da oposição para formarem uma única chapa para a eleição da Mesa, que ocorre no dia 1 de fevereiro.
Sobre as críticas da construção de um teatro que teria custado R$ 30 milhões aos cofres públicos, o deputado saiu em defesa e diz que Assembleia, está valorizando a cultura mato-grossense.
Na entrevista, Maluf também tentou explicar, sem convencer muito, porque retirou sua assinatura da proposta de CPI, que investigaria os contratos da Construtora Nhambiquara, de propriedade de seu adversário àpresidência da Casa, o novo deputado Eduardo Botelho (PSB). Ele disse que não participou da CPI da Cooamat porque viu cunho político na investigação que envolve um dos principais doadores de campanha do governador Pedro Taques (PDT), Eraí Maggi (PP).
Maluf, que também teve seu nome supostamente envolvido na investigação da Ararath, por ter sido encontrada as iniciais G.M na lista de empréstimos do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, que gerenciaria o esquema de lavagem de dinheiro, afirma não ter ligação alguma com o caso.
“É muito fácil pegar uma anotação em uma cadernetinha e tentar supor alguma coisa”, argumenta. Maluf disse que, caso eleito presidente, vai promover um enxugamento no quadro de servidores e chegou a falar em demitir carca de 400 funcionários não concursados. Aos efetivos, nos quais ele se inclui como médico, Maluf defendeu o pagamento da diferença da URV, que precedeu o Real, e deu prejuízos de cerca de R$ 200 milhões aos servidores.
BASTIDORES
Após a entrevista, em sua avaliação à produção do Conexão Poder, Maluf se disse satisfeito em participar e enfrentar os questionamentos polêmicos feitos pela bancada de jornalistas.
'Foi uma entrevista muito completa. Realmente tocou em alguns assuntos que têm que ser tocados. Gostei bastante. Ampla com tempo suficiente para desenvolver o pensamento. Então isso é muito importante para o entrevistado na forma que foi colocado, com três 'inquisitores' vamos dizer assim. Isso também torna mais dinâmica e interessante a entrevista", opinou.
RepórterMT