Robert Gates, candidato a substituir Donald Rumsfeld à frente do Pentágono, se submeteu hoje a um duro interrogatório sobre o Iraque no Senado, em que admitiu que os Estados Unidos não estão vencendo a guerra no país árabe.
Na primeira audiência para sua confirmação como secretário de Defesa, o ex-chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) reconheceu que “o que estamos fazendo agora não é satisfatório” e se disse aberto a novas idéias para reconduzir o conflito iraquiano.
“Todas as opções estão sobre a mesa, no que diz respeito à maneira como enfrentamos o problema no Iraque”, disse.
Na sua opinião, os dois próximos anos serão cruciais porque se os EUA não conseguirem estabilizar o Iraque nesse prazo, existe um risco real de que ocorra uma “conflagração regional” no Oriente Médio.
Gates, de 63 anos, assegurou aos senadores que o interrogaram que, caso que seja confirmado no posto que foi de Rumsfeld, sua grande prioridade será o Iraque.
Após responder com um claro “não, senhor” quando o senador democrata Carl Levin lhe perguntou se achava que os EUA estavam vencendo a guerra, Gates afirmou mais tarde que Washington também não a estava perdendo “neste momento”.
A Casa Branca defendeu o mesmo argumento através de seu porta-voz, Tony Snow, que declarou à imprensa que é equivocado se concentrar em uma só frase das muitas ditas pelo candidato a secretário de Defesa e tirar suas declarações de contexto.