O economista de esquerda Rafael Correa venceu o segundo turno da eleição presidencial no Equador com uma vantagem de 13,3 pontos sobre o magnata de direita Alvaro Noboa, segundo a apuração final divulgada uma semana depois da votação.
Com 100% das urnas apuradas, Correa obteve 56,6% dos votos (3.517.635) contra 43,3% de Noboa (2.689.418), informou o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).
O esquerdista, amigo do presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, havia proclamado sua vitória por antecipação depois que quatro pesquisas de boca-de-urna anunciaram uma vantagem média de 14 pontos.
Correa, que descansa com a família nas ilhas Galápagos, receberá a diplomação no dia 15 de dezembro e um mês depois, no dia 15 de janeiro, prestará juramento no cargo ante um Congresso dominado pela oposição, e ao qual planeja substituir por uma Assembléia Constituinte, a ser submetida a consulta popular.
O economista se convertirá no primeiro dirigente de esquerda no Equador desde a democratização do país em 1979.
Assumirá as rédeas de um país atingido por dez anos de instabilidade, no qual nenhum dos três presidente eleitos pôde encerrar seu mandato, pressionados por revoltas populares que forçaram sua destituição pelo Congresso.