Conselheiros e funcionários – que não querem ser identificados com medo de represálias – afirmam que a situação financeira do Santos não é boa. O clube estaria devendo R$ 18 milhões a um banco e há duas semanas iniciou um processo de contenção de despesas, demitindo 24 funcionários de outras áreas, e a ordem é economizar no uso de telefonema e até no cafezinho.
Por enquanto, o futebol é um caso a parte, com salários milionários como os de Vanderlei Luxemburgo, Zé Roberto, em torno de R$ 500 mil, entre outros, e uma comissão técnica que custa aproximadamente R$ 900 mil.
Se depender do técnico, nenhum dos jogadores de ponta será vendido e ainda o clube investirá em reforços para tentar ganhar a Libertadores e o bi do Paulista. “Vamos precisar de três ou quatro jogadores”, repetiu Luxemburgo, nesta segunda-feira, sem falar em nomes e nem em posições. Mas todos já sabem que um grande artilheiro é a maior necessidade da equipe.
E sempre que se fala em contratar um centroavante, um dos primeiros nomes que surgem é o de França. “Não há nada a respeito desse jogador. Nem surgiu o nome dele”, assegurou Luxemburgo, que terá que se contentar com um jogador mais barato para a posição. Deve ser Souza, que está no Goiás mas pertence ao Marítimo, de Portugal (40%), e a um grupo de empresários europeus (60%). O Santos quer contratá-lo por empréstimo.
Nas conversas com os jogadores, o treinador tem conseguido convencer que até para os mais talentosos vale a pena investir na chance de ganhar a Copa Libertadores para depois conseguirem transferências mais vantajosas financeiramente no segundo semestre. O lateral-esquerdo Kléber tinha uma excelente oferta de um clube russo, mas recusou por causa do frio e para não sair do campo de observação do técnico da seleção brasileira, Dunga. Depois, não se interessou nem em se transferir para a Roma ou a Lazio, ambas da Itália.