O governador eleito Pedro Taques (PDT) admitiu, nesta terça-feira (28), que a indefinição por cargos e secretarias da sua gestão, que começa em 1º de janeiro de 2015, tem aumentado a pressão dentro do seu arco de aliança.
De acordo com ele, uma reunião está sendo agendada com a coligação “Coragem e Atitude para Mudar” para esclarecer o debate sobre a formação do staff.
Taques disse que não irá entregar secretarias de “porteiras fechadas” a nenhum dos 13 partidos que o apoiaram no pleito.
“Nosso grupo é o PDT mais 12 partidos (PP, DEM, PSDB, PSB, PPS, PV, PTB, PSDC, PSC, PRP, PSL e PRB), todos importantes para a travessia da campanha. Temos pré-agendada uma reunião com os presidentes de partido para que possamos esclarecer como será o debate sobre cargos. Quem sabe mais pra frente piore, mas eu quero crer que conversaremos com total respeito e vou explicar o que está acontecendo”, disse o governador.
Taques afirmou à Rádio Mega FM que não fez qualquer tipo de compromisso com os apoiadores, mas não negou que venha sendo pressionado para definir o secretariado e o espaço de cada sigla.
Para ele, Mato Grosso fez uma opção pela mudança neste pleito, e, como chefe do Executivo, deve agir com fidelidade a seu discurso feito em campanha.
“Na campanha, eu disse que estamos num momento diferenciado que se refletiu nas urnas. Não vamos entregar secretarias de ‘porteiras fechadas’ a ninguém. Não tenho compromisso com o erro e o desmando, mas de saudar as minhas propostas”.
Taques tem até o dia da sua posse para apresentar seu secretariado. O governador eleito não faz questão de disfarçar a preocupação em encontrar nomes de confiança para gerir as secretarias estaduais. Eleito com a bandeira “anticorrupção”, Taques afirmou que há pessoas com “comichão por dinheiro público”.
“A mim não interessa números e nem nomes, interessa se a secretaria funcionar. O nome não importa. Estamos numa aproximação da reforma administrativa e temos que ouvir os segmentos. Algumas pessoas têm comichão por dinheiro publico, não pode ver dinheiro publico que fica louco. Então temos que tomar conta do que é de todos nós”, completou Taques.
ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃORepórterMT