O senador americano Lindsey Graham (R-SC) quer proibir a participação do Brasil no Sistema Geral de Preferências (SGP) porque o País impôs tarifas antidumping contra a resina PET exportada pelos EUA e “não conduz as investigações de antidumping de forma apropriada.” Graham apresentou um projeto de lei no dia 16 de novembro propondo que o Brasil seja excluído do SGP porque o País, segundo ele, não está “comprometido com uma política liberal de comércio.” O Sistema Geral de Preferências (SGP) concede isenção tarifária a US$ 3,6 bilhões exportados pelo Brasil para os Estados Unidos.
Este é o segundo grande golpe contra o Brasil em relação ao SGP. O senador republicano Charles Grassley, presidente do Comitê de Finanças do Senado, afirmou em diversas ocasiões que Brasil e Índia deveriam ser excluídos do SGP porque não colaboraram durante as negociações de Doha.
O sistema vence em 31 de dezembro e existem vários projetos de lei tramitando no Congresso americano. Os democratas têm dois projetos que renovam as isenções de imposto de importação do Sistema Geral de Preferências (SGP) sem restrições. Charles Rangel, o deputado democrata que será um dos líderes mais poderosos da Câmara americana a partir de janeiro, é autor de um projeto sobre o Sistema Geral de Preferências (SGP) que mantém todas as isenções tarifárias do Brasil.
Já os projetos dos republicanos são prejudiciais ao Brasil. Um deles, do senador Bill Thomas, fará com que cerca de US$ 300 milhões de produtos do Brasil que hoje entram com tarifa zero nos Estados Unidos passem a ter impostos, se for aprovado. Os maiores afetados seriam os exportadores de autopeças. Outro projeto, do senador republicano James Inhofe, prevê até que só os países que colaborem com os Estados Unidos nas negociações multilaterais sejam mantidos no SGP.