A greve dos bancários do Banco do Brasil e dos bancos privados terminou na segunda-feira (06) após votação em assembleia realizada no auditório do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso. Somente os empregados da Caixa rejeitaram a proposta específica e a greve continua por tempo indeterminado em todo Estado.
A greve dos bancários teve início no dia 30 de setembro e paralisou 224 agências em uma semana de paralisação. A partir desta terça-feira (07), a movimentação volta a normalidade nos bancos privados e no Banco do Brasil. Os empregados da Caixa realizarão assembleia de avaliação de greve na sede do SEEB-MT às 17 horas desta terça-feira (07).
Propostas aprovadas
A Fenaban aumentou o índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição.
Os bancos incluirão também na Convenção Coletiva o compromisso de que "o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho". Trata-se de mais um passo no combate às metas abusivas, que tem provocado adoecimento e afastamento de bancários.
Na questão da igualdade de oportunidades, o Banco do Brasil apresentou uma correção em relação à pontuação de mérito dos delegados sindicais, o banco também apresentou a proposta de corrigir a PLR dos dirigentes sindicais que recebem menos que seus pares com o mesmo cargo. São contemplados os dirigentes cedidos para as entidades que detinham cargo comissionado à época da cessão e a fórmula segue a regra do acordo dos demais funcionários. O BB era o único banco que pagava PLR menor para os dirigentes sindicais.
Greve na Caixa
Após a rejeição da proposta, os empregados da Caixa se mobilizaram para reforçar o oitavo dia de greve amanhã (07). As agências continuarão adesivadas e haverá diálogo com a população sobre os motivos da continuação do movimento reivindicatório.
Uma das principais queixas dos empregados se refere à isonomia dos trabalhadores. De acordo com os bancários, a Caixa não realiza tratamento igualitário. Exemplo disso são bancários que fazem os mesmos serviços, mas, são remunerados de forma diferenciada.
Marcela Brito