O governador Blairo Maggi (PPS) voltou a convidar o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), para ser o candidato a vice-governador na sua chapa.
Demonstrando confiança em uma composição e afirmando que não teme um palanque “pesado”, por conta dos escândalos em que os partidos aliados estão envolvidos, o governador afirmou que a resposta do PMDB seria dada hoje pela manhã.
“Oferecemos a vice e solamente. O PMDB foi para Brasília, conversou com todo mundo lá e depois voltamos a conversar aqui. Eles ficaram de dar uma posição até amanhã bem cedo”, disse.
Depois de conversar com o governador Blairo Maggi logo que retornou de Brasília, o deputado Silval Barbosa reuniu-se com a cúpula do PMDB para os últimos encaminhamentos. Até o fechamento desta edição, a reunião peemedebista, que contou com a participação do ex-secretário Luiz Antônio Pagot, não tinha acabado.
Para o governador, a questão da vice-governadoria já está bem encaminhada. Embora não acredite em uma resposta negativa do PMDB, Maggi acredita que a disputa entre a atual vice-governadora Iraci França e Luiz Pagot não deve ser levada à convenção.
Sem esconder a preferência por Pagot, Maggi afirmou que já há um entendimento no partido em relação a esta questão. “Eu conversei com a dona Iraci e expliquei a importância que ela teve, mas que nesse momento a minha vontade não é de mantê-la, porque estamos em um momento diferente”, disse.
O governador argumentou que a atual conjuntura econômica e política do Estado exige um vice que tenha condições de fazer um maior enfrentamento em Brasília. “É um momento diferente, que exige uma mudança de estratégia. Ela mesma reconheceu que esse não é muito o perfil dela”, ressaltou Maggi.
Para o presidente do PPS, ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz, a questão da vice-governadoria dependia apenas do PMDB. Assim como o governador, ele defende o nome de Pagot e afirmou que o PPS deve dar autonomia para que o governador bata o martelo.
PALANQUE PESADO — Se for confirmada a aliança com o PMDB, o governador terá em seu palanque vários partidos que tiveram parlamentares envolvidos nos recentes escândalos nacionais, seja do “mensalão”, “sanguessugas” ou “Lista de Furnas”, a exemplo do PP, do PFL e do PMDB, entre outros.
No entanto, o governador afirma que não teme perder a eleição por conta do peso do palanque. “Mas todos vão votar no governador Blairo Maggi”, disse em tom confiante.
Quanto ao estigma de que o partido que coligar com o ex-senador Carlos Bezerra (PMDB) perde a eleição, o governador respondeu com desenvoltura. “Os caras perdem a eleição e depois colocam a culpa no Bezerra”, disse. Nas duas últimas eleições estaduais, o PMDB coligou-se com o PFL e com o PSDB e ambos foram derrotados.
DC
