A indústria da construção continua desaquecida. O indicador de nível de atividade ficou em 45,8 pontos em maio, abaixo da linha de 50 pontos, o que confirma a retração da atividade no setor. O nível de atividade em relação ao usual ficou em 43,1 pontos e o de número de empregados situou-se em 45,7 pontos, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 25 de junho. Os indicadores variam de zero a cem. Abaixo de 50 revelam queda. A utilização da capacidade de operação das empresas do setor subiu, de 69% em abril para 70% em maio.
O levantamento mostra ainda que os empresários estão menos otimistas. As expectativas em junho para os próximos seis meses sobre o número de empregados ficou em 50, 1 pontos, sobre a linha divisória dos 50 pontos, o que indica tendência de manutenção do quadro de empregados. Essa é a primeira vez que não há previsão de aumento do emprego no setor desde que a pergunta começou a ser feita, em janeiro de 2011.
"Os outros indicadores de expectativa (nível de atividade, novos empreendimentos e serviços e compras de insumos e matérias-primas) também se reduziram para níveis próximos à linha divisória de 50 pontos, o que significa baixo otimismo", diz o estudo.
O indicador de expectativa de nível de atividade ficou em 51,5 pontos, o de novos empreendimentos e serviços foi de 51 pontos, e o de compras de insumos e matérias-primas, 50,9 pontos. "Os empresários estão cada vez menos otimistas e isso terá impacto sobre o desempenho do setor", avalia o econo mista da CNI Danilo Garcia. Segundo ele, a queda no ritmo de crescimento da construção resultará em uma menor contribuição do setor para a expansão da economia brasileira.
Essa edição da pesquisa foi feita entre 2 e 11 de junho, com 559 empresas, das quais 179 de pequeno porte, 243 médias e 137 grandes.
Atividade desaquecida diminui otimismo na indústria da construção
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