O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro continuou a se expandir ao ritmo medíocre das últimas décadas no terceiro trimestre de 2006. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, na série dessazonalizada, o crescimento foi de 0,5%, o que dá 2,01% em termos anualizados. Na comparação com o terceiro trimestre de 2005, a expansão foi de 3,2%.
Nos 12 meses até setembro, o PIB cresceu apenas 2,3%. E, no acumulado do ano, comparado com igual período de 2005, cresceu 2,5%. Desde os anos 80, o PIB brasileiro arrasta-se a um ritmo entre 2% e 2,5% ao ano.
Com o resultado do terceiro trimestre divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), crescem as apostas no mercado de que o PIB em 2006 não crescerá mais do que 3%, ou mesmo de que fique um pouco abaixo deste nível. O Banco Itaú, por exemplo, prevê 2,9%, e o ABN Amro, 2,8%. Segundo os cálculos do IBGE, para que a economia cresça 3,2% em 2006 – a previsão oficial do governo -, o PIB teria que crescer 5,2% no último trimestre, comparado com igual período do ano anterior. A última vez que isso aconteceu foi no terceiro trimestre de 2004, com crescimento de 5,9%. Antes disso, só no início de 2000.