O deputado estadual José Riva (PSD) conseguiu reverter a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli, e deve ser solto ainda nesta sexta-feira (23). Ele está preso desde terça-feira (20), no Complexo da Papuda, em Brasília, após ter a prisão preventiva decretada pelo próprio STF. Riva e o ex-secretário de Fazenda do estado, Éder Moraes, foram detidos durante a Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal.
A defesa do parlamentar havia ingressado com um pedido de revogação da prisão no mesmo dia da operação. Ele havia sido detido para não prejudicar as investigações do Ministério Público Federal (MPF) acerca de supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro, que teriam a participação dele e de outros políticos mato-grossenses, incluindo o o governador Silval Barbosa (PMDB) e prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).
Segundo o MPF, apesar de estar afastado do cargo de presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), Riva continuava ocupando o gabinete destinado ao presidente e usufruía de todas as regalias da função.
Riva é investigado na operação Ararath por suspeita de ter se beneficiado de um “banco clandestino” operado pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, . Desta forma, o parlamentar teria obtido “vantagem ilícita e ocultou os recursos dela resultantes”. O STF frisou ainda que Riva continuava gerindo os recursos públicos da Assembleia Legislativa “para obter da grande casa bancária informal operada em favor da classe política mato-grossense vantagem indevida em razão de sua função pública”.
G1-MT