Os números: 141 testes de nível de álcool no organismos, feitos com o etilômetro (bafômetro), 20 pessoas presas, 13 carros apreendidos e oito motos. Outras 24 carteiras Nacional de Habilitação (CNH) apreendidas, bem como oito certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV). A operação Lei Seca começou a uma da manhã de sábado, dia 29 e terminou às 9h, na avenida Rubens de Mendonça em Cuiabá.
A operação foi acompanhada de perto pelo presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), Eugênio Destri. Durante o trabalho o passageiro de um motorista que apresentou zero no teste do etilômetro, Ronaldo de Amorim, contou que estavam vindo de uma festa e que ele e os amigos bebem socialmente, mas sempre levam o amigo condutor que é abstêmio. “Eu fico feliz de ver esta gigantesca operação e me sinto bem em ter um amigo que não bebe e pode dirigir pra nós. Eu perdi meu irmão num acidente de carro e não quero pra nenhuma outra família o sofrimento que tivemos em casa. Saímos, nos divertimos, mas sempre tem esse nosso amigo que tem intolerância ao álcool e é nosso chofer”, brincou Amorim.
O trabalho começa no auditório do Detran-MT, onde homens e mulheres deixam suas famílias, após à meia noite, e se encontram para discutir as ações de Educação para o trânsito, bem como a conscientização de quem desrespeita às leis. “Nossa intenção, não é prender condutores ou mesmo apreender os veículos, só o fazemos por necessidade. Nossa operação conjunta é para que as pessoas pensem antes de agir: não se deve pegar o volante depois de ingerir bebida alcóolica. Nossa ação é para salvar famílias de acidentes fatais”, disse Destri.
Esses homens e mulheres que passam a madrugada, arriscando inclusive a própria vida, são os profissionais do Detran-MT, da Polícia Judiciária Civil, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (PM-MT), da Secretaria Municipal de Trânsito (SMTU) e da Associação de Familiares Vítimas de Violência (AMTU).
Da associação, estava Divino Alves, que ajudou enquanto mostrava seu exemplo da consequência do acidente de trânsito: “Eu estou nesta cadeira de rodas hoje, se o motorista que atirou em mim não estivesse alcoolizado ou armado, o estrago que eu fiz no carro dele poderia ter sido resolvido com uma conversa ou por via judicial”, disse Divino.
“Nós queremos a mudança de comportamento da população”, disse Tiago França, que é secretário adjunto da SMTU. O suporte de toda a operação feito pelo Detran-MT é pelo programa detranet, onde são feitas as consultas de CNH e CRLV, bem como as servidoras abordam os motoristas e entregam materiais de conscientização. “É uma necessidade que o condutor saiba que a combinação direção x álcool não é segura e deve ser excluída da vida das pessoas que moram principalmente na capital mato-grossense, onde está concentrada a maior parte dos habitantes do Estado”, finalizou a chefe de gabinete da presidência, Pamela Oliveira, que está em todas as operações da Lei Seca.
DEISY BOROVIEC/Assessora de Imprensa/Detran-MT