A greve dos professores de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, completa 21 dias nesta segunda feira ao menos 17 mil alunos estão sem aulas. Os profissionais percorreram avenidas da cidade, como forma de protesto, e cobraram a reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Salários e a revisão salarial.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Subsede em Várzea Grande, o piso atual é de R$ 906 e a categoria reivindica um salário de R$ 1.060. Além disso, a categoria cobra o pagamento de férias e a concessão de licença-prêmio. O ano letivo de 2014 nem iniciou na cidade e a paralisação segue por tempo indeterminado. O sindicato aponta que 70% das escolas estão com as atividades paralisadas e atualmente há 23 mil estudantes matriculados.
Os professores alegam que a Prefeitura Municipal não teria cumprido com o acordo firmado durante a greve do ano passado que durou 50 dias e contou com as mesmas reivindicações. Contudo secretário de Educação, Jonas da Silva, rebateu as informações do sindicato e afirma que o salário é maior.
No dia 18 de fevereiro, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso(TJMT) determinou a volta imediata ao trabalho dos professores sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A decisão é do desembargador Carlos Alberto Alves Rocha, que considerou a greve ilegal. A determinação atende ao pedido feito pela prefeitura do município. Mesmo com a decisão da Justiça, o sindicato da categoria informou que a greve continua.
Em 2013, os profissionais entraram em greve com a alegação de que a prefeitura não teria cumprido os acordos assinados nas paralisações anteriores. Depois de 16 dias de paralisação, eles retomaram as atividades após reunião com o prefeito da cidade, Wallace Guimarães, e o secretário de Educação.