Dois militares espanhóis da base aérea de Morón de la Frontera, em Andaluzia, Espanha, se casarão em setembro na prefeitura de Sevilha. “Sabemos que estamos no exército e que é complicado porque não somos jardineiros, mas militares, e sei que haverá superiores que me tornarão a vida impossível”, desabafou Alberto, um dos futuros cônjuges.
Os futuros esposos tiveram que mandar uma carta ao governo espanhol para evitar que fossem mandados para cidades diferentes e Alberto garante que tem sido alvo de ameaças e comentários “quase homofóbicos” de alguns colegas de trabalho.
“Não importa a ninguém com quem me case. Eu vou trabalhar todos os dias e cumpro com minha profissão”, afirmou Alberto. Ao contrário dos casamentos militares habituais, os noivos vestirão uniforme na cerimônia nupcial, à que assistirão 40 colegas militares.
A lei do casamento entre casais do mesmo sexo, que inclui o direito à adoção, foi aprovada pelo Parlamento espanhol em 30 de junho de 2005, por iniciativa do governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero, e entrou em vigor em 4 de julho de 2005.
AFP