O dólar sofreu hoje um novo revés diante do euro, diante do qual se cotou na posição mais baixa desde março de 2005, influenciado pelas previsões de aumento de taxas de juros na zona do euro e pela diminuição de pedidos de bens duráveis nos EUA.
No sexto dia de quedas consecutivas, o dólar ficou em 0,7579 euro no fechamento das bolsas, em comparação à cotação de 0,7614 euro da última segunda, apesar de ter chegado a tocar 0,7573 euro durante a sessão, o nível mais baixo dos últimos 20 meses.
Já com relação à moeda japonesa o dólar chegou aos 116,11 ienes, após a cotação de 116,08 do último pregão.
Os analistas atribuem a vários fatores a grande força do euro, mas especialmente às perspectivas de que o Banco Central Europeu (BCE) possa aumentar as taxas de juros nos próximos meses.
O BCE aumentou o preço do dinheiro para os 12 países que dividem o euro em cinco oportunidades, em 25 pontos básicos de cada vez, até 3,25%, desde dezembro de 2005.
Segundo as previsões dos analistas, a autoridade monetária voltará a aumentar as taxas de juros em dezembro de forma moderada.
Esta situação, unida às expectativas de reduções de taxas de juros nos EUA em longo prazo, provocaria uma ampliação da diferença que existe entre o preço do dinheiro existente nos dois lados do Atlântico, o que prejudica o dólar.
A estes fatores se uniram vários indicadores positivos divulgados nos EUA e na Europa, especialmente o da massa monetária na zona do euro, que cresceu em outubro 8,5%, próximo dos 8,8% de maio, que foi a maior taxa em três anos.