Mais de 3,6 milhões de toneladas passam anualmente pela MT-235, entre os municípios de Campo Novo e Sapezal, transportando grãos, fertilizantes e calcário. O fluxo de 120 mil caminhões é imprescindível para fomentar e escoar a produção da região Oeste de Mato Grosso que, na última safra, somou 5,3 milhões de toneladas de soja e milho.
O trecho que liga Sapezal a Campo Novo do Parecis tem 110 quilômetros de extensão, foi pavimentado há 5 anos, e já está complicado para tráfego. 60 quilômetros passam dentro da Reserva Indígena Utiariti, onde um pedágio de R$ 50 por caminhão e R$ 20 por carro, é cobrado pelos índios, segundo acordo entre o Governo do Estado, Funai e Comunidades Indígenas. Nos últimos dias, a associação indígena que administra o pedágio começou a fazer uma “operação tapa buracos” com cascalho e massa asfáltica.
Para o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, a falta de manutenção na rodovia é desrespeitosa com o produtor mato-grossense que todo ano bate recordes de produção e paga caro para escoar os grãos. “Estamos indignados com o desrespeito deste governo com o interior do nosso Estado. Vamos rediscutir o Fethab com a sociedade.”
MT-249 – A situação é ainda é complicada entre Campo Novo do Parecis e Nova Mutum, onde o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, passou na tarde de terça (14), e descreveu como “intransitável” o trecho entre o chamado Trevo da Libra, entroncamento da MT-249 com a MT-010, até Nova Mutum. “Do trevo da Libra até Nova Mutum há uma parte razoável, mas um trecho de mais ou menos 40 quilômetros está quase intransitável, por conta dos buracos, que só pioram com a chuva constante.”
Safra 2013/2014 – A região Oeste foi a primeira a iniciar a colheita da soja, e até a última sexta (10), segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 8% da área já estava colhida e pronta para receber as culturas da segunda safra.