O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, o senador Blairo Maggi, o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, e o empresário Eraí Maggi estiveram reunidos com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para tratar de assuntos relacionados à questão indígena em Mato Grosso. Fávaro solicitou atenção do governo federal às rodovias BR-158, BR-242 e BR-080 e recebeu o compromisso da ministra de agilizar os licenciamentos.
A primeira rodovia, BR-158, faz o contorno da Terra Indígena Marawãtsede e tem trechos sem pavimentação e com obras paradas desde 2008. Na região desta rodovia, que em Mato Grosso vai de Barra do Garças até Vila Rica, motoristas relatam muitos acidentes, especialmente em pontes não concluídas. Com a finalização das obras nesta rodovia, o custo do frete na região deve reduzir em até 30%.
A BR-080 também é uma importante via de transporte de produtores em Mato Grosso e Goiás. O trecho de 195 quilômetros vai de Ribeirão Cascalheira (MT) até Luiz Alves, no município de São Miguel do Araguaia (GO). Há um grande potencial de escoamento através da rota foco deste trabalho. Se a BR-080 já estivesse em atividade, na safra atual poderiam ser escoadas cerca de 3,95 milhões de toneladas somando as produções de soja e milho.
Já a rodovia BR-242 liga os municípios de Ribeirão Cascalheira a Sorriso, em Mato Grosso, duas importantes vias de escoamento, a BR-158 e a BR-163. Por esta rodovia, utilizando-se da Ferrovia Norte Sul, pode-se alcançar, pela Ferrovia Nova Transnordestina, os estados do Nordeste brasileiro com maior eficiência e redução de custos de fretes, beneficiando assim a população carente desta região.
O governador Silval Barbosa se reuniu também com o advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, para tentar resolver o impasse sobre a regularização fundiária da Gleba Maiká. O processo está parado, pois a Fundação Nacional de Índio (Funai) requer parte da gleba para o Parque Nacional do Xingu. Silval demonstrou sua preocupação quanto a ampliação da área, visto que há mais de duas décadas as famílias estão de posse dessas terras e não têm seus títulos. Na próxima semana a equipe do governo deverá voltar a Brasília para mais uma tentativa de resolução deste impasse, para que o Estado tenha condições de fazer a regularização fundiária na região.