O jovem identificado como “Mané Mula”, testemunha do assassinato do advogado criminalista Duarte José do Couto Júnior, confirmou que estava no Pegeout preto junto da vítima no momento do crime. Ele apontou Vanderson da Conceição Ferreira, o “Deco”, de 20 anos, como o executor.
Em depoimento ao delegado João Bosco de Barros, Mane Mula relatou que estava num bar do bairro Santa Isabel e o advogado passou querendo comprar maconha.
“Maconha pra que, se você usa pasta-base?”, questionou o rapaz, segundo o delegado. “É para misturar com a cocaína e poder fumar gostoso”, respondeu o advogado. Mané, então, embarcou no carro e os dois foram até a boca-de-fumo que funciona no final da rua Nova Olímpia, no Santa Isabel.
Conforme a testemunha, eles fizeram o pedido e esperava a chegada. Nesse ínterim, chegou Vanderson e foi logo gritando com o advogado. “Cadê o dinheiro que você tomou da minha mãe?”, gritou o criminoso. Em seguida, discutiu com o advogado e começou a atirar. Mané então, abriu a porta e saiu correndo.
Para o delegado, o fato de Vanderson ter cobrado o advogado pode ser uma forma de esconder o crime de mando. “Ele (Vanderson) não ia lá dizer que estava em nome de uma pessoa. Então, inventou a história do dinheiro”, assegurou o delegado.
A testemunha, conforme Barros, era uma das peças que faltava para completar as investigações. “Temos toda a parte da autoria esclarecida, o réu confesso, uma testemunha e a arma do crime. Falta agora, a motivação”, completou.
Em seu depoimento, Vanderson confirmou que foi contratado por um traficante do Santa Isabel para executar o advogado pagando meio quilo de pasta-base de cocaína pelo serviço de pistolagem. Vanderson está preso desde quarta-feira à tarde, horas após o assassinato.
O assassino contou que saiu recentemente da prisão e estava sem dinheiro. Ao receber a proposta do traficante, aceitou de imediato.
DC