Depois de quatro anos sob o comando de dois prefeitos de perfil político, a capital de Mato Grosso, Cuiabá, será guiada por mais quatro anos por um empresário que construiu fortuna no ramo da metalurgia.Mauro Mendes, do PSB, de 48 anos, recebeu a faixa de prefeito nesta terça-feira (1º) em uma solenidade de posse presidida pelo recém-eleito presidente da Câmara de Vereadores, o vereador João Emanuel (PSD) no Centro de Eventos do Pantanal. Mendes prometeu medidas ousadas.
A primeira delas, de maior impacto, será a exoneração de pelo menos 800 servidores comissionados. O ato de exoneração será publicado no Diário Oficial da capital que vai circular nesta quarta-feira (2). A medida, segundo Mendes, visa enxugar a folha salarial. “Vamos encaminhar uma lista à Câmara Municipal e será ela que vai decidir quem sai e quem fica”, disse.
Outra medida classificada como emergencial pelo novo prefeito será a contratação de médicos para suprir o déficit de 60 profissionais na rede pública municipal. Segundo ele, primeiramente, serão chamados médicos aprovados no último concurso da prefeitura. “Esses profissionais irão repor a necessidade das Policlínicas que estão sem médicos”, afirmou.
Mendes ainda não sabe se vai receber uma prefeitura sem dívidas. Ele afirmou em coletiva à imprensa que acredita que seu antecessor, Francisco Galindo tenha reservado dinheiro em caixa para honrar com as dívidas com datas a vencer ainda em janeiro. “Eu espero que ele (Galindo) tenha feito tudo aquilo que prevê a lei”, destacou.
O novo prefeito disse ainda que a capital precisa contribuir mais com os processos que preparam a cidade para sediar a Copa do Mundo. Em 2014, Cuiabá vai sediar quatro partidas do Mundial. “Nós precisamos maximizar tudo que está sendo feito para preparar a cidade. Cuiabá precisa fazer mais para o evento”, destacou.
Desgaste político
A conquista do Alencastro começou dramática para Mendes. Após ser eleito no segundo turno das Eleições Municipais, Mauro Mendes foi pego de surpresa com a renúncia do vice-prefeito eleito após um dia da diplomação.
O deputado João Malheiros (PR) disse que iria contribuir mais com Cuiabá sendo deputado do que vice. Após a renúncia de Malheiros, os olhares se voltaram para a posse do presidente da Câmara de Vereadores que tem a função constitucional, na linha sucessória, de assumir o cargo de prefeito.
G1-MT