sábado, 23/11/2024
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Sindicato flagra negligência à gestante que desmaia na porta do MT Saúde

O primeiro dia de fiscalização “in loco” dos representantes do fórum sindical de servidores de Mato Grosso na sede do MT Saúde foi marcado pela cena dramática de uma usuária gestante que desmaiou na calçada à porta do recinto, além de situações diversas de descaso e burocracia envolvendo servidores da capital e do interior do estado. Depois de passar por vários hospitais desde a manhã desta segunda-feira (20), sem conseguir atendimento, Helenice Carla Ojeda Gonçalves de Campos se viu obrigada a ir ao MT Saúde por conta de autorização de exame, mas já chegou ao local passando mal e teve que ser levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência-Samu. Nesta terça-feira (21), quem continua o monitoramento diário ainda é o presidente do Sinterp-MT, Gilmar Brunetto.

Conforme o esposo da usuária, o servidor e professor, Cristian Antônio José de Campos, o casal já havia percorrido hospitais desde as 11:00 da manhã, porém os estabelecimentos hospitalares não realizavam exame de ultrassonografia pelo MT Saúde. Primeiramente, no hospital Santa Rita de Várzea Grande, e posteriormente no Jardim Cuiabá, onde a informação à paciente foi de que não realizavam exame de ultrassonografia, indo por último na clínica Femina, que exigiu a autorização para o exame. “Não sei se era por ser pelo MT Saúde, mas é de se estranhar como um hospital do porte do Jardim Cuiabá não fazer uma ultrassonografia; e a grande verdade é que o MT Saúde está em descrédito perante as instituições hospitalares. Em minha opinião, tem que mudar o plano, e até os médicos têm dito isto, pois já ficaram até seis meses sem receber”, complementou Cristian.

“Enquanto fui estacionar, ela chegou aqui na frente muito mal, clamando atendimento, e o guarda não a deixou entrar alegando que já estava fechado; então ela começou a passar mal e foi caindo no chão.” Depois quase todo o dia percorrendo hospitais, este foi o estado em que Helenice chegou à porta do MT Saúde, por conta das fortes dores que sentia, informou seu esposo Cristian Campos.

Reincidência – O quadro demonstra que, mesmo em caso de emergência, o paciente fica sem atendimento por conta da burocracia que o sistema do MT Saúde impõe a seus usuários, impedidos de realizar exames emergenciais caso não esteja com a autorização. “O cartão de identificação do servidor enquanto usuário do MT Saúde não resolve nada, pois a desconfiança nos hospitais é tanta eles exigem mesmo a autorização, e somos obrigados a ir à central do plano, nesse trânsito que já não ajuda. Imagine se minha esposa estivesse sozinha, sem veículo, como seria?”, indagou o professor.

De acordo com Cristian, sua esposa já vem vivenciando situações semelhantes há um tempo, e as reincidências têm trazido o sentimento de entrar com recurso judicial contra o plano de saúde. Diante disso, os representantes do fórum sindical asseguram que, caso necessário, os sindicatos estarão dando todo o respaldo aos servidores com assessoria jurídica. “Ao chegar ao MT Saúde, gostei muito de ver que os sindicatos tomaram essa atitude de fiscalizar o funcionamento do plano. Afinal, a gente está contribuindo mensalmente, e quando mais precisa não tem atendimento. É uma falta de respeito!”, finalizou o servidor.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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