A Polícia Civil localizou o Fiat Marea pertencente ao vendedor de carros Rodrigo Teixeira Oliveira, de 27 anos, que está desaparecido desde o dia 1o deste mês.
O carro foi carbonizado e abandonado numa estrada de chão, dentro de uma fazenda no município de Nossa Senhora do Livramento. Um morador disse que o veículo foi queimado na tarde do mesmo dia em que Rodrigo desapareceu. A identificação do Marea, no entanto, ocorreu somente anteontem à noite.
De acordo com policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no dia 1o deste mês, Rodrigo conversou com a mãe dele, por volta das 15h30, no bairro Construmat, em Várzea Grande. Cerca de uma hora depois, o automóvel foi visto ardendo em chamas na fazenda. O morador vizinho disse não ter visto quem provocou o fogo.
“Tudo indica que o carro foi levado pela estrada de chão que sai do Capão Grande. E por ali chegou até a fazenda. Só assim explica a rapidez do deslocamento do carro”, explicou um policial que participa das investigações.
No entendimento dos policiais, carros queimados são uma estratégia usada para apagar vestígios que normalmente ficam nos veículos abandonados pelos criminosos. Ontem de manhã, os policiais fizeram buscas nas proximidades, mas não localizaram pista alguma.
Segundo o delegado Roberto Amorim, de plantão na DHPP, na época da localização do Marea, policiais da Delegacia Municipal de Nossa Senhora do Livramento estiveram no local e solicitaram a perícia.
“Acontece que a queixa do desaparecimento do vendedor foi registrada somente dia 15. Ou seja, duas semanas depois é que a placa e o chassis do carro entraram no sistema constando como roubados. Então, ninguém tinha idéia do que poderia ter ocorrido”, explicou.
Dias antes de desaparecer, Rodrigo emprestou R$ 25 mil de um amigo. O dinheiro seria para comprar dois carros e revendê-los com um bom lucro. O dinheiro seria repartido entre os dois. O amigo, que havia feito empréstimos antes, negou a participação no sumiço e não sabe para onde o vendedor viajou.
Familiares que procuraram a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) disseram desconhecer o empréstimo. Rodrigo não tinha mencionado ter tanto dinheiro. No dia 1o, o vendedor esteve ainda no condomínio Minas de Cuiabá, onde se encontrou com dois amigos. Na parte da manhã do dia 1º, conversou com a lavadeira de roupa e ainda passou à tarde na casa da mãe. Desde então, não foi mais visto por familiares.