É com todo respeito e admiração que tenho pelo PTB que escrevo este artigo. Tenho consciência de que cada partidário deve respeitar as decisões e independência das demais agremiações e não estou avançando o sinal com esta minha opinião. Faço como um parceiro grato ao PTB.
Há menos de cinco dias para encerrar o período de convenções partidárias, mais de noventa por cento dos partidos estão ainda indefinidos sobre que rumo tomar, o que não é bom para as siglas e para sociedade cuiabana. Mas uma sigla em especial me fez refletir e escrever sobre essa “indefinição mortal”.
O PTB, parceiro antigo do PSDB, é bom que se diga e somos gratos por isso, esta por tomar uma decisão que a meu ver será “mortal”. E não falo isso como se fosse um pedido de “venha conosco, com o PSDB”, mas sim para que cada militante petebista possa reservar cinco minutos de seu tempo para uma reflexão do momento politico e histórico que o partido vive na capital.
Após uma bela articulação no período pré-eleitoral de 2008, o PTB, comandado pelo então deputado estadual Chico Galindo, chega ao poder na vice do PSDB com a dobradinha Wilson/Galindo. Em abril de 2010 Galindo assume o comando de Cuiabá com a saída de Wilson para disputar o governo. Com seu jeito simples e sorridente, porém, firme e comprometido, Chico Galindo implanta sua identidade administrativa na Prefeitura com pompas de bom administrador que é, carregando assim o PTB para o topo dos partidos mais importantes de Cuiabá.
Fez uma administração impessoal, pensando na reorganização da Gestão Municipal revolucionando-a na pratica com programas e ações corajosas, muitas das quais até impopulares, tais como Poeira Zero, terceirização do saneamento, atualização da Planta Genérica do IPTU, aquisições de equipamentos e veículos para a Infraestrutura e etc. Ações que deram um folego há mais na militância partidária e devolveu a sensação de credibilidade ao homem público e à gestão pública.
O PTB chega ao processo eleitoral de 2012 pronto para ser um partido imbatível eleitoralmente, com uma administração que há tempo Cuiabá não via, pois chico Galindo, vai aos mais esquecidos becos e ruas levando asfalto, drenagens, construindo creches e tantas outras obras. Eis então um dia que pode até ser classificado como “nebuloso” para o futuro do partido. O prefeito Chico Galindo confirma que não vai à reeleição, claro deve ter seus motivos além de demonstrar que o cargo de prefeito não lhe implantou vaidades pessoais.
Ai começa o X da questão que me leva a escrever o presente artigo. O baque da noticia deixa os militantes “pasmados” e se ocupam entre discussões acaloradas, denúncias e articulações. Esqueceram de observar uma coisa muitíssima importante: O cavalo esta passando arreado na porta do PTB e não tem um militante para montar, pois estão ocupados nas discussões já citadas.
O PTB não ter candidato a prefeito em 2012 já seria uma injustiça na história ressente do partido em Cuiabá, imaginar então que nem a vice irá apresentar, chega a ser impossível descrever o que seria, nem ouso dizer que seria injustiça duas vezes.
O preço dessa decisão pode custar muito caro ao Glorioso PTB. O triplo do que gastou para chegar onde chegou.
Mas como ainda há uns cinco dias para o encerramento das convenções tudo pode mudar.
Confesso que não consigo entender como o PTB pode estar perdendo este momento histórico para crescer ainda mais. Sinceramente, vou continuar torcendo para que essa parceria seja mantida e que o PSDB ainda deixe uma esperança na vice para o PTB. Vou torcer por isso até os quarenta e cinco minutos do segundo tempo, mais os cinco minutos de prorrogação final.
Vereador Antônio Fernandes é Líder do PSDB na Câmara e membro das Executivas Municipal e Estadual
