sexta-feira, 22/11/2024
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Professores da UFMT aprovam greve e 20 mil alunos devem ficar sem aula

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) devem iniciar greve a partir da próxima quinta-feira (17). A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na tarde desta segunda-feira (14) em Cuiabá. A maioria dos professores (153) votou pelo começo da greve, outros três foram contra e houve cinco abstenções.

Entre as reivindicações, a categoria cobra do governo federal que seja cumprido um acordo assinado em abril de 2011. O acordo garante reajuste salarial de 4%, incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) e reestruturação da Carreira Docente. Para resolver este impasse, a presidente Dilma Rousseff publicou no Diário Oficial da União que circula nesta segunda-feira uma Medida Provisória que reajusta os salários dos servidores públicos federais. Segundo o governo, os aumentos serão retroativos ao mês de março deste ano.

Além disso, existe também uma pauta com diversas reivindicações internas. As reivindicações vão desde melhorias no Restaurante Universitário (RU) e na Biblioteca Central a até mais investimentos nos cursos de pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado. Um dos pontos de reivindicação é também concurso público.

Segundo a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), os profissionais também criticam as terceirizações do trabalho na universidade e as regras do estágio probatório aplicadas aos concursados.
A paralisação da UFMT faz parte de uma mobilização nacional. Pelo menos 33 sindicatos de instituições, segundo a Adufmat, informaram que também estão com indicativo de greve aprovado para o dia 17. Conforme a Adufmat, apenas o campus da UFMT em Rondonópolis, que está com indicativo aprovado, ainda não decidiu se vai ou não entrar de greve.
Segundo o presidente da Adufmat, Carlos Eilert, os professores também buscam um novo piso nacional para a categoria. Atualmente um professor em início de carreira ganha R$ 557 e o piso reivindicado pela categoria está em torno de R$ 2.329. Ele comentou ainda que na próxima quinta-feira, a partir das 14h, na sede do sindicato, os professores do movimento grevista devem se reunir para decidir mais itens da pauta interna.
O G1 entrou em contato com a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, que afirmou que ainda não foi notificada da decisão tomada pela assembleia. Ela comentou, porém, que tem negociado politicamente com o governo federal uma forma para atender as reivindicações dos profissionais.

FONTE/G1

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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