A falta de um posicionamento oficial por parte do Banco do Brasil (BB) sobre a Resolução 3.394/06, do Conselho Monetário Nacional (CMN), deixou os produtores com a “pulga atrás da orelha”. Muitos queriam saber como a instituição irá tratar o assunto, já que a medida afeta diretamente o produtor com dívidas securitizadas e com a próxima parcela vencendo já daqui a menos de uma semana.
A Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT) vem tentando desde a última segunda-feira obter informações junto à superintendência do BB em Cuiabá, mas não obteve resposta.
“O que sentimos é que o BB não quer assumir uma posição. Contudo, o produtor precisa de uma resposta e o Banco do Brasil não pode ficar em cima do muro. É uma instituição oficial de crédito e não pode ignorar esta medida. Tem que ter mais respeito com o produtor”, critica o diretor administrativo da Aprosoja-MT, Ricardo Tomcyzk.
De tanto tentar e não conseguir, a Aprosoja-MT decidiu juntamente com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) ir até Brasília em busca de uma resposta, mas agora, da direção geral do BB.
A reunião será realizada hoje, com a diretoria da instituição. “Os produtores têm o direito de saber como ficará a situação da securitização a partir de agora”, justifica Tomcyzk.
No total, segundo informações da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), são 67 mil contratos aguardando o financiamento das parcelas da securitização, referentes às dívidas de 2005 e 2006.
BB — O Diário vem tentando desde a última segunda-feira obter informações do banco sobre a Resolução. Ontem, a Superintendência informou por meio da assessoria de imprensa que a instituição não tem qualquer “informação relevante” sobre a securitização.