O Circuito Aprosoja chegou à região sul de Mato Grosso. Em Alto Taquari, o auditório do Sindicato Rural ficou lotado. Os produtores ouviram palestras sobre mercado e sucessão familiar e também conheceram um pouco mais sobre os trabalhos da Aprosoja. “É importante a entidade estar presente nos municípios, para mostrarmos nossos serviços e ter uma resposta do produtor rural sobre como estamos atuando”, disse o presidente da entidade, Carlos Fávaro.
O município faz fronteira com o estado de Goiás e tem cerca de 10 mil habitantes. De acordo com o delegado coordenador do núcleo da Aprosoja na cidade, Arthur Flumian, os produtores de soja da região são menores do que a média estadual. “Mas temos a vantagem competitiva de estar localizado no sul do estado, com mais proximidade de São Paulo e Paraná. Isso barateia os nossos custos com logística”, disse. Na última safra, foram plantados 49 mil hectares de soja no município, o que corresponde a 0,7% da produção estadual, e uma produção de 149 mil toneladas.
Em Alto Taquari há também o terminal ferroviário da América Latina Logística (ALL) que movimenta diariamente nove mil toneladas de produtos a granel. O terminal movimenta principalmente soja, farelos e milho, com destino ao mercado interno e ao porto de Santos (SP) para exportação. Porém, ter um terminal privado na região não significa melhoria nos custos para os produtores rurais. “Ainda ficamos reféns dos preços desta empresa”, disse Flumian.
“Um terminal privado não gera concorrência e, em consequência, não leva à disputa por preços mais atrativos”, emendou Carlos Fávaro. O presidente da Aprosoja reforçou que o Movimento Pró-logística envida esforços para que projetos de logística saiam do papel.
Sucessão – O tema rotativo do Circuito Aprosoja este ano é “Sucessão Familiar”. Algumas famílias foram assistir às palestras e aprender como podem fazer a sucessão sem traumas. Experiência que dona Dilce Flumian já tirou “de letra”. Quando mais jovem, o pai já dividiu a propriedade e distribuiu entre os irmãos. Atualmente, ela já conta com a ajuda dos filhos, Arthur e Natália, para dar continuidade aos negócios. “A diferença é que meus filhos tiveram a oportunidade de estudar fora, se qualificar e voltar para a propriedade com mais conhecimento”, contou.
