Uma das vítimas da “gangue das loiras” afirmou nesta quarta-feira que reconheceu o grupo após ver em reportagens que eles se apelidavam de “Bonnie e Clyde”, em referência à famosa dupla que praticava assaltos nos Estados Unidos na década de 30.
“Eu vi que o apelido era Bonnie e Clyde e lembrei que as pessoas que praticaram o sequestro relâmpago se chamavam assim o tempo inteiro”, contou a mulher ao iG sem se identificar. Ela disse que não foi agredida pela dupla.
A vítima suspeita que a loira que a abordou é Priscila Amaral “A cor do cabelo dela me chamou muita atenção. Ela usava óculos de grau e tinha uma bolsa da Louis Vuitton”, afirmou a vítima.
Uma das integrantes da "gangue das loiras" foi presa na última sexta-feira. O marido de uma das suspeitas foi preso nesta quarta-feira. O grupo é suspeito de praticar roubos e sequestros relâmpagos desde 2008.
A mulher contou que no dia 15 de novembro foi ao hipermercado Extra, da avenida Washington Luís próximo ao Aeroporto de Congonhas. Quando estacionava o carro foi abordado por um casal armado. A dupla entrou no carro, a mulher atrás e o homem na frente, e ela saiu dirigindo do estacionamento.
Os suspeitos pegaram todos os cartões de crédito da vítima e o homem anotou as senhas em um papel.
Primeiramente, passaram por um banco Itaú. Como era feriado, o banco estava fechado e o caixa eletrônico não estava disponível.
Depois foram para o Shopping Interlagos, na zona sul de São Paulo. A loira desceu do carro e o homem ficou com a vítima. A loira foi para um banco e sacou R$ 500 de um caixa eletrônico e depois mais R$ 500, de outro caixa. Ela entrou no shopping e foi fazer as compras.
A vítima informou que quando recebeu a fatura viu que eles gastaram entre R$ 5 mil e R$ 6 mil em aparelhos eletrônicos. Ela não conseguiu reaver o dinheiro.
Ao saírem do shopping, a dupla pediu para ela parar o carro, eles desceram e pediram para ela não olhar para trás.
Fernanda Simas, iG São Paulo