Poderia ser mais uma balada na vida de Luiz. Fugaz, etílica… normal. Mas naquela noite, há cinco meses, uma cena nada previsível mesmerizou o rapaz mexicano radicado em São Paulo. Um grupo de pessoas fundia-se em uma massa compacta, fluida, vagarosa. Difícil contar quantos na turma, de tantas pernas e braços entrelaçados. Olhos fechados, corpos deslizando uns sobre os outros – moças, rapazes… pessoas. Era uma farra hedonista, uma baguncinha, um convite à sacanagem? Luiz sentiu que não. “Mexeu demais comigo. Tinha uma pureza de carinho, uma energia muito linda”, ele conta e confessa, “eu queria muito entrar ali, mas não sabia se dava.” Só precisou chegar perto. Bela, uma das damas encaixadas no grupo, puxou Luiz para o miolo. E ele nunca mais saiu.
R.Trip