Com o caixa apertado neste início de temporada, o Santos recorre ao empréstimo de jogadores para se reforçar.
Entre os grandes paulistas, a equipe da Vila Belmiro, vice-campeã mundial, é a que menos contratou para esta temporada –só o lateral direito Fucile, do Porto, foi oficializado até agora.
O clube, porém, ainda busca um lateral esquerdo e mais um zagueiro para compor o grupo de Muricy Ramalho.
Para isso, negocia a cessão temporária de Juan, do São Paulo, e do beque Alex Silva, em atrito com o Flamengo.
As conversas com o ala do rival paulista estão adiantadas, e o negócio deve ser finalizado em breve. O jogador perdeu espaço no clube do Morumbi com a chegada de Bruno Cortês, ex-Botafogo.
Já as conversas com o zagueiro são tratadas com mais cautela pela diretoria, que não pretende se indispor com o Flamengo, equipe com quem tem boa relação. Alex Silva, porém, tem a simpatia de Muricy, que foi seu treinador no São Paulo.
O Santos tem tido dificuldades para contratar novos jogadores e satisfazer Muricy –que retorna hoje ao trabalho, junto com os titulares da campanha no Mundial.
O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro justifica o aperto financeiro com os juros mensais de R$ 1,5 milhão por empréstimos bancários da gestão anterior, os esforços para quitar um débito fiscal de R$ 8 milhões para incluir projetos do clube na lei de incentivo ao esporte e a valorização do atual elenco.
Esse último item inchou consideravelmente a folha salarial do clube, principalmente a renovação de Neymar.
O Santos conta com o investimento da Teisa, empresa formada por executivos próximos à direção do clube, para contratar. Mas o fundo quer jogadores com potencial para negociação futura, o que não é o caso de Fucile, emprestado sem custos, nem de Juan ou de Alex Silva.
A empresa já tinha se comprometido a comprar uma parcela do lateral direito Jonas, do Coritiba, mas os times não chegaram a um acordo.
Com uma equipe considerada forte e com poucas carências, Luis Alvaro tem tido cautela nas negociações.
"Os salários estão um pouco exagerados, na minha opinião, e o mercado de patrocínio de camisa vive crise", afirmou o cartola, citando os três rivais de São Paulo com dificuldades em conquistar parceiros –o Santos aumentou essa receita em 25% esse ano, mas com acertos só para 2012.
"Se a receita míngua e os valores [pretendidos] não são alcançados, como conciliar os salários?", concluiu.
f.com