Durante coletiva realizada em Brasília, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, informou que a empresa mantém a entrega diária de cartas e encomendas, embora exista a possibilidade de atrasos devido à paralisação iniciada ontem quarta-feira (14).
Pinheiro conclamou os trabalhadores da empresa a encerrar a paralisação, frisou que a retomada das negociações sobre o acordo coletivo está condicionada ao retorno às atividades e que haverá desconto dos dias parados.
O executivo destacou os benefícios da proposta que a empresa havia feito na segunda-feira — que representava um aumento salarial final de 13% para 64.427 empregados, ou seja, 60,14% do efetivo total da empresa. Com o início da paralisação, a proposta foi retirada. “Na conjuntura atual, em que existe uma preocupação com a crise financeira internacional, entendemos que um reajuste de 13% no piso salarial é bastante relevante. Só podemos lamentar a decisão tomada e chamar os trabalhadores a retornar para as atividades”.
Ao longo dos últimos oito meses, a gestão da ECT tem sido marcada pela negociação. Os Correios assinaram dois acordos de PLR (um relativo à PLR 2010, já paga, e outro relativo à PLR 2011, que será paga no próximo ano e terá uma parcela antecipada para dezembro).
A empresa ainda realizou concurso público para quase 10 mil trabalhadores — mais de 2 mil já foram contratados e o restante estará trabalhando até novembro.
Números – A paralisação atinge, em média, 32% do efetivo total da empresa — em alguns setores, alcança 40%. Os Correios suspenderam os serviços SEDEX 10, SEDEX Hoje e Disque-Coleta, por se tratar de serviços com horário marcado.
A empresa já colocou em operação um plano de contingência, com contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras, para minimizar os prejuízos à população.
Em Mato Grosso estão paralizados cerca 3,4% do efetivo total (1400), ou seja, 47 empregados.