Pelo menos 10 mil casas populares podem ser construídas em Mato Grosso, nos próximos três anos, em programas de habitação de interesse social, além de participar do novo modelo de gestão da saúde pública, através das
Organizações Sociais de Saúde (OSs). Essas são algumas das principais propostas da Delegação de Mato Grosso que segue para Praia Grande (SP),
para participar do 11º Congresso da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam).
O presidente da Federação Mato-Grossense de Associações de Moradores de Bairros (Femab), Walter Maria de Arruda, anuncia que o Estado segue para São Paulo com 148 delgados, sendo a maior delegação de sua história. A tendência
é que Mato Grosso seja a terceira ou quarta maior do país, atrás apenas de São Paulo e, provavelmente, Minas Gerais.
De Mato Grosso, a maior delegação foi eleita pela União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), responsável pela inserção da
saúde pública na pauta de discussões do 11º Congresso da Conam.
O presidente da Ucamb, Édio Martins de Souza, disse que o Congresso da Conam é uma oportunidade ímpar de debater e deliberar sobre a realidade política brasileira, movimento comunitário e suas perspectivas, desafios e plataforma de luta.
Caso a proposta de Mato Grosso seja aprovada, por exemplo, entidades como Femab e Ucamb poderão buscar financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF), com juros subsidiados, para construir casas populares em parceria com
o governo de Mato Grosso e prefeituras conveniadas. É possível construir mais de 10 mil casas populares em três anos, com esse formato de habitação social, custando em média 25% menos que os modelos entregues pelo Estado,
por exemplo.
Na Plenária Geral do 11º Congresso da Conam, serão eleitos a nova Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da entidade, em conformidade com o Estatuto da Conam e o Regimento Interno do Congresso.
“É prática de se discutir, durante o Congresso, conjuntura política, desafios, perspectivas e plataforma de luta do movimento comunitário,
mudança esatutária e, ainda, o fortalecimento e organização da Conam, entre outras prioridades”, observa Walter Arruda.
O secretário adjunto Benjamin Franklin Lira de Araújo, de Assuntos Comunitários da Setecs, explica que, para debate e deliberação no Congresso só são aceitas as propostas que foram debatidas e aprovadas nas plenárias
municipais, regionais ou intermunicipais. “E não cabendo a inclusão de propostas novas durante o Congresso. Portanto, é de suma importância que
Mato Grosso esteja bem representado”, pondera Benjamin Lira.