Paulo César Carpegiani não é mais o técnico do São Paulo. O treinador será comunicado pela diretoria, por telefone, na tarde desta sexta-feira. Ele está em Porto Alegre – não quis voltar à capital paulista com o restante do time após a eliminação na Copa do Brasil frente ao Avaí, quinta-feira, em Florianópolis.
O clube deve emitir um comunicado nas próximas horas. No desembarque da delegação em Congonhas, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, desconversou quando questionado sobre a saída de Carpegiani, mas, curiosamente, admitiu que já cogita a contratação de um novo treinador.
Ele não falou de nenhum em específico, mas uma fonte ligada à diretoria disse ao Globoesporte.com que Dorival Júnior (Atlético-MG) e Cuca (Cruzeiro) são os preferidos no clube. O segundo, porém, não contaria com a simpatia do goleiro Rogério Ceni. Por isso, Dorival estaria na frente – o comentário no São Paulo é de que “com um caminhão de dinheiro”, é possível tirar Dorival do Atlético-MG. Ney Franco corre por fora.
– Os bons técnicos estão empregados. É assim mesmo. Mas é claro que existe a chance de o São Paulo ir atrás de um técnico empregado. Esta é a lei do futebol, e eu não sou diferente. Sem agir com pressa, esta diretoria sempre teve atitude e agora terá outra vez – disse Juvenal, no desembarque da delegação são-paulina no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, vindo de Florianópolis, onde o time foi eliminado da Copa do Brasil pelo Avaí na quinta-feira.
Juvenal admitiu que a discussão via imprensa entre Rivaldo e Carpegiani foi a gota d’água para a decisão de demitir o treinador. Entre os dois, o presidente deixou claro que prefere ficar com o veterano meia.
– Acho muito difícil o Rivaldo e o Carpegiani continuarem juntos no São Paulo. Não posso ser cínico. Houve uma discussão pública entre o técnico e o atleta, o que deixa a convivência dos dois mais complicada. A direção vai resolver isso, como sempre fez – disse Juvenal, ainda antes da oficialização da demissão do treinador.
O presidente também demonstrou insatisfação com o fato de Carpegiani ter mantido Rivaldo no banco durante os 90 minutos contra o Avaí. Ao ouvir de um jornalista que o técnico lamentou o fato de o elenco ser muito jovem, Juvenal disparou:
– Tinha um não jovem no banco. Não era eu que tinha que colocá-lo no campo.
Na segunda passagem de Carpegiani pelo São Paulo, foram 38 jogos, com 24 vitórias, quatro empates e dez derrotas. No total, contando com a passagem de 1999, são 106 jogos, 65 vitórias, 13 empates e 28 derrotas. E nenhum título.
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