A torcida em Prudente pediu e Paulo Cesar Carpegiani atendeu, mandando o garoto Henrique para o campo, na metade do segundo tempo. O jogo estava 0 a 0 – era o lanterna segurando o time que entrara na rodada como o líder da competição. Mas Henrique entrou a mil por hora. E o gol não demorou a sair. Com o resultado, o São Paulo chegou a 31 pontos, ao lado do Corinthians, mas superando o rival no número de vitórias.
Com 19 anos, Henrique comemorou bastante, ciente de que a disputa por um lugar no ataque tende a ficar ainda mais quente com a chegada de Luis Fabiano, marcada para o fim do mês. Ontem, o São Paulo não teve Dagoberto (suspenso), Fernandinho e Fernandão (machucados), e Carpegiani acabou apostando em Marlos e Willian José no ataque. Em tese, Henrique era, portanto, a última opção para o setor ofensivo.
– Foi um gol para manter a liderança. Tive a felicidade de entrar e marcar o meu. Isso ajuda muito a continuar na briga por um lugar no time. A equipe tem ótimos jogadores e isso só aumenta a qualidade. Está chegando o Luis Fabiano, que não é mais um, mas é o atacante – disse Henrique.
Artilheiro do Mundial Sub-18 realizado na Espanha em 2009, o atacante é outra promessa das categorias de base. Em 2010 disputou o Campeonato Brasileiro pelo Vitória-BA e teve destaque, marcando gols importantes. Acabou não evitando o rebaixamento do time baiano, mas voltou ao Tricolor com moral e mais experiência.
Antes do retorno, ainda fez parte da Seleção Brasileira campeã do Sul-Americano Sub-20, junto com outros são-paulinos, como Willian José, Lucas, Casemiro e Bruno Uvini. Henrique era o camisa 9 do time comandado por Ney Franco e foi muito útil na classificação para a Olimpíada de Londres, em 2012.
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