Mais de 18 mil medicamentos terão os preços reajustados em até 6% a partir do mês de abril. A previsão é da Associação Brasileira da Comércio Farmacêutico (ABCFarma). A autorização para o aumento foi dada nessa quarta-feira pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
O reajuste será concedido de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses – o percentual oficial só deve ser divulgado hoje. As listas com os preços dos remédios reajustados só serão enviadas pelos laboratórios à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim do mês.
Fitoterápicos, homeopáticos e remédios vendidos sem a exigência de receita médica não estão incluídos. Os reajustes serão divididos ainda em três faixas, levando em conta a participação de cada produto no mercado, sendo que os mais vendidos terão aumentos maiores. O reajuste autorizado pelo governo é opcional – laboratórios podem aplicar percentual menor ou não aumentar.
O aposentado Francisco Nunes Turrão, 75 anos, sempre sente no bolso os reajustes dos preços de remédios, como antibióticos e controladores de pressão. “Fazer o quê? Tudo aumenta. Para fugir dos preços altos eu costumo comprar nas farmácias mais baratas. É o melhor”, aconselha.
IPCA
Medidor oficial da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo variou 5,99% no último ano. Mas nem todos os fabricantes vão reajustar por este teto.
ODiia