O Ministério da Saúde vai distribuir no carnaval 84 milhões de camisinhas – 26 milhões a mais que em 2010. Segundo o ministro Alexandre Padilha, boa parte dos preservativos foi fabricada em Xapuri, no Acre. Ele disse que o material que será distribuído é cinco vezes mais resistente que as demais camisinhas.
A campanha nacional contra a Aids no carnaval foi lançada nesta sexta-feira (25) pelo ministério, no Rio de Janeiro, e tem como foco garotas de 15 a 24 anos, faixa etária em que a incidência da doença tem crescido nos últimos anos.
Três vídeos serão transmitidos pela internet e pela televisão antes, durante e depois do período da folia. Dois deles, divulgados desta sexta-feira a 8 de março, são protagonizados por um grupo de meninas que chamam a atenção para o uso da camisinha na relação sexual.
A segunda fase, já depois do carnaval, terá um vídeo veiculado de 9 a 20 de março que incentiva quem fez sexo desprotegido com parceiro fixo ou casual a fazer o teste de Aids.
As estimativas apontam que cerca de 630 mil pessoas no País vivem com o vírus HIV, sendo que 255 mil não sabem que têm a doença.
Conforme dados de 2010, divulgados pelo ministério, os casos de Aids entre mulheres de 13 a 19 anos superam o de homens. Para cada oito meninos infectados, existem dez meninas. Nas outras faixas etárias, o número de casos entre o sexo masculino é maior do que entre o sexo feminino.
Uma pesquisa de 2008 revelou que as garotas de 15 a 24 anos usam menos camisinha nas relações casuais ou fixas. De acordo com a pesquisa, na última relação sexual com parceiro casual, 76,8% dos rapazes responderam ter usado o preservativo, ante 49,7% das meninas. Em relacionamentos fixos, apenas 25,1% das garotas afirmaram usar a camisinha regularmente, enquanto o percentual é de 36,4% entre os meninos da mesma faixa etária.
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