A maioria dos 600 brasileiros que estava na Líbia já retornou ao Brasil, segundo o Ministério das Relações Exteriores. O número preciso ainda está sendo levantado, mas o Itamaraty afirmou que os interessados em sair de Trípoli tomaram voos em direção à Europa.
No entanto, em Benghasi, segunda maior cidade líbia, o navio que transportará brasileiros, portugueses, espanhóis e um tunisiano aguarda para atracar. O navio partiu nesta quarta-feira (23) à tarde da costa da Grécia e chegou na costa líbia no começo da manhã, mas não conseguiu atracar porque há uma fila de embarcações à espera de espaço. O transporte está sob coordenação da empresa Queiroz Galvão e do Itamaraty. A previsão é que o navio parta ainda nesta quinta-feira de volta a Atenas com 148 brasileiros, 48 portugueses, 20 espanhóis e um tunisiano.
Em Atenas, o grupo poderá seguir viagem para os respectivos países. De quarta para quinta-feira, segundo diplomatas, cinco voos com funcionários de construtoras que estavam em Trípoli deixaram o país. As empresas Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Odebrecht mantinham escritórios na capital líbia. A Petrobras disse ter apenas um pequeno grupo de trabalhadores no país árabe.
Apesar do agravamento da situação na Líbia, o Itamaraty informou que não há registros de casos de violência nem agressão contra brasileiros. O clima é mais tenso em Benghasi, devido aos bombardeios mais intensos. Desde o último dia 15, há protestos contra o governo de Muammar Khadafi.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, rechaçou os atos de violência cometidos contra os manifestantes por forças policiais. No entanto, rebateu a possibilidade de sanções à Líbia. Segundo ele, o Brasil é favorável à busca do diálogo e o fim negociado do impasse.
Fonte:
Agência Brasil