O ortopedista Célio Eiji Tobisawa foi condenado a 17 anos, 10 meses e15 dias de prisão por estupro de vulnerável e falsidade ideológica. Ele foi preso em julho do ano passado, depois da denúncia de um paciente, que teria sido abusado dentro do Hospital Regional de Colíder.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, o médico sedava os pacientes durante o procedimento cirúrgico para cometer o crime. De acordo com a sentença assinada pelo juíz de Colíder, Érico de Almeida Duarte, o acusado teria feito, no mínimo, sete vítimas: todos homens de idade não avançada. O inquérito foi concluído em agosto de 2010, onde cerca de 11 testemunhas foram ouvidas.
O presidente do Conselho Regional de Medicina, Arlan Azevedo, disse que o ortopedista está interditado cautelarmente. O direito dele trabalhar está suspenso desde dezembro do ano passado e o conselho tem, desde a data, seis meses para analisar o caso e ouvir testemunhas. Depois desse processo será feita a avaliação definitiva que pode resultar na cassação do diploma do médico.
O caso
Célio Eiji atendia em duas clínicas particulares de Cuiabá e também no Hospital Regional de Colíder, onde começaram as investigações. Segundo o delegado Sérgio Ribeiro Araújo, os pacientes eram sedados para pequenas cirurgias e o médico aproveitava enquanto estavam desacordados para praticar os abusos.
O caso só foi denunciado porque um dos pacientes acordou antes da hora e conseguiu ver o que o ortopedista estava fazendo. Depois disso, outras vítimas também foram encontradas e ouvidas pela polícia.
Fonte: TVCA