A primeira reunião entre o governo e seis centrais sindicais, realizada no último dia (26), representou a abertura de um canal de discussão sobre temas de interesse dos trabalhadores, segundo o ministro Gilberto Carvalho, escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para intermediar o debate. O fórum, afirmou Carvalho, possibilitará definir políticas trabalhistas que terão validade pelos próximos anos.
Na próxima quarta-feira (2), às 10h, haverá uma nova reunião com as centrais sindicais. Gilberto Carvalho disse que levará todas as questões colocadas na reunião à presidenta Dilma Rousseff.
Para os dirigentes das centrais sindicais, o encontro viabilizou a abertura do processo de negociação que envolve os reajustes do salário mínimo, tabela do Imposto de Renda (IR) e benefício e aposentadoria da previdência oficial.
O presidente da CUT, Artur Henrique, destacou que a reunião permitiu que as lideranças dos trabalhadores pudessem colocar para o governo aquilo que desejam como modelo de aumento do salário mínimo.
“O compromisso do governo é com o cumprimento do acordo firmado em 2007. Esse é um governo que cumpre acordo”, anunciou o ministro Gilberto Carvalho, ao reafirmar que o salário mínimo será de R$ 545 em janeiro de 2011. Em 2012, adiantou o ministro, o índice de reajuste deve ficar entre 12% e 13%, o que terá um elevado impacto na economia brasileira. Entre 2003 e 2010, o mínimo teve aumento de 62,4%.
Agenda de encontros
Para o futuro, adiantou o ministro, a expectativa é de que haverá uma conversa entre as lideranças sindicais com a presidenta, mas Carvalho descartou qualquer previsão de data.
Carvalho explicou que o governo assume o compromisso de manter a política de reajuste do salário mínimo até 2023, sendo que a fórmula de aumento permanece até 2015. Dali para frente, o tema será tratado com o futuro presidente.
Após o encontro, o ministro esclareceu também que a posição será mantida no Congresso Nacional e aposta numa vitória do governo junto ao Poder Legislativo.
Segundo Carvalho, o reajuste da tabela do IR não entrou na pauta da reunião dessa quarta-feira porque o governo não queria vincular este tema ao ajuste do valor do mínimo. O assunto pode ser colocado na próxima semana.