Considerados poderosos instrumentos de inclusão e resgate social, os projetos que envolvem arte e cultura para comunidades carentes representam um sinal de esperança e merecem o reconhecimento púbico. Prova disso foi o Instituto Flauta Mágica, vencedor estadual do Prêmio Anu, que agora concorre como o melhor projeto brasileiro. O prêmio é promovido pela Central Única das Favelas (Cufa) para dar visibilidade às iniciativas que impactaram positivamente as comunidades populares durante o ano de 2010.
O Ballet do Instituto Flauta Mágica concorreu com outros quatro projetos sociais de Mato Grosso e foi eleito, por meio do voto popular, o vencedor do Prêmio Anu no Estado. O anúncio dos vencedores estaduais foi feito no dia 31 de dezembro passado e, desde o dia 7 de janeiro, a votação para a escolha da melhor iniciativa do país está aberta, no site www.premioanu.com.br/votacao/login.php
Os internautas têm até o dia 7 de fevereiro para votar em até três das 27 iniciativas concorrentes. Nesta data, haverá a cerimônia de entrega do prêmio ‘Anu de Ouro’ para as vencedoras estaduais, e o prêmio ‘Anu Preto’ para o melhor projeto nacional. O evento será realizado no Rio de Janeiro (RJ), no Theatro Municipal, com a presença de vários artistas nacionais.
INSTITUTO FLAUTA MÁGICA – Patrocinado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-MT) e o Projeto Criança Esperança, da Rede Globo, além de outros parceiros locais, o Instituto Flauta Mágica é considerado pela UNESCO um projeto modelo que está mudando a perspectiva de vida de crianças, jovens e adolescentes do bairro Jardim Vitória, região periférica de Cuiabá, há 12 anos.
O instituto atende cerca de 300 crianças e adolescentes carentes por mês, com atividades artísticas como o Ballet, Coral e Orquestra. Além disso, a entidade oferece aulas com conteúdo da história da arte e cultura, educação ambiental, noções de cidadania e civismo. O Ballet Flauta Mágica existe há cinco anos e atende crianças a partir dos quatro anos de idade.
PRÊMIO ANU – O Prêmio Anu foi criado pela Cufa e realizado em todo o país para valorizar e reconhecer publicamente iniciativas desenvolvidas em favelas e demais espaços em desvantagens sociais, gerando bem comum para a população, auto-estima das comunidades, trabalho, renda, qualidade de vida e equilíbrio social. O pássaro anu foi escolhido para ser o símbolo do prêmio pelo fato de, mesmo discriminado e rejeitado histórica e popularmente, sempre estar de cabeça erguida e não se intimidar facilmente, simbolizando a luta e superação.